segunda-feira, 3 de março de 2008

O Príncipe

O príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão ao trono britânico, recentemente retornou do Afeganistão onde esteve por duas semanas “combatendo o Talibã”. Mas todo mundo sabe que tudo não passou de uma grande jogada de Marketing. A missão em terras afegãs foi secreta só sendo revelada quase no final, curiosamente por um site americano.


Depois de ter tido sua participação no Iraque descartada devido ao receio de que sua cabeça fosse colocada a prêmio (o que de fato aconteceu), Harry entrou de vez no alcoolismo. Fato este que tem preocupado a família real e, principalmente, a imprensa, a tão intrusiva mídia britânica.


A missão no Afeganistão serviu apenas para tentar “limpar a barra” do príncipe beberrão.Trata-se de um jovem de 23 anos que é capaz de gastar em uma noitada a quantia de £1,567 (quase R$ 5 mil) “sem ter a mínima idéia do que esse valor significa para a grande maioria das pessoas” de acordo com uma das amigas de sua mãe.


É o neto da rainha que se envolve em confusão com outro baladeiro depois deste ter dito algo sobre a namorada do ruivinho marrento.


A foto que ilustra este tópico rodou o mundo. Ela está no meio de muitas outras tiradas na festa que aconteceu após a final da Copa do Mundo de Rugby, que aconteceu em Paris, ano passado. Mesmo com a derrota dos ingleses para a África do Sul, a festa rolou e Harry, juntamente com seu irmão e a própria seleção inglesa, estavam a postos para celebrar os seus “heróicos esforços”.
Porres homéricos após um jogo importante são tradicionais no Rugby. Tirando a terrível ressaca, nada mais os incomoda.Mas a foto do príncipe é só parte da estória. A sua maratona etílica durou exatas 23 horas. Quando William finalmente saiu do nightclub às 6 da manhã e passou a beber apenas água, Harry estava no bar do Marriott Courtyard Hotel, onde os jogadores estavam hospedados, entornando canecas de Heineken.


Consequentemente, ele perdeu o vôo e teve que pegar uma carona no avião que levava a equipe inglesa.


Se esse fosse um evento isolado não seria de nenhuma importância e a foto da garrafa de vodka não significaria nada.Mas depois de alguns dias ele estava de volta ao batente, virando rodadas e mais rodadas de drinques caros, entre eles Krug champagne e vodka Grey Goose, no seu frequente circuito de bares em Londres.


Não se trata de apenas mais um jovem solto na buraqueira. Ele tem feito isso por anos a fio. Mas nos últimos meses anteriores a viagem ao Afeganistão, o problema se intensificou, a ponto que sua bebedeira começou a preocupar membros da corte e amigos.



Por gerações, rapazes do Quartel Combermere, em Windsor, onde Harry está lotado atualmente, sempre foram a Londres curtir a noite. Mas fontes bem próximas notaram que há algo quase frenético na maneira como Harry bebe. "É como se ele estivesse tentando se embriagar o mais rápido possível", diz uma fonte.



"Ele nunca dá um gole. Simplesmente ele entorna de vez" revela outra fonte.



Uma outra fonte que conhece intimamente os hábitos e o lifestyle da família real diz que vê Harry como um "jovem precisando de ajuda urgente".



Mas o que levou o príncipe a esse comportamento destrutivo e, consequentemente, ao desleixo com a sua reputação?



Segundo uma amiga de infância, a resposta é fácil de se dar. "Harry não tem nenhuma razão para levantar da cama de manhã," ela declara enfaticamente.



Como isso pode acontecer quando ele está no começo da carreira no Exército como segundo tenente Wales no regimento Blues and Royals?



A resposta,bastante conhecida nos círculos palacianos, é que a recusa em permitir que ele servisse junto com seu regimento no Iraque destruiu a sua carreira antes mesmo que ela tivesse começado.



Para Harry, a decisão de deixá-lo a salvo é uma tragédia pessoal, porque o Exército é o local onde ele poderia ter tido sucesso, ganhando a admiração dos companheiros mais pelo fato do que ele faz do que por quem ele é.



Em toda a sua vida ele desejou provar a si próprio que poderia realizar algo e agora, já adulto, quer se mostrar útil. Ele é, o expectador, enquanto seu irmão William se prepara para ser rei.



Na escola, Harry esteve entre os piores da classe. Para entrar em Eton, uma das melhores e mais caras escolas particulares da Inglaterra, e se juntar ao irmão mais velho, ele teve que passar um ano extra de preparação na Ludgrove School em Wokingham.



E em Eton tudo o que ele conseguiu foi passar em Geografia com um D e em Arte com um B. O que em termos prático é um completo fracasso. Além disso, ainda teve que sofrer com o embaraço de ver uma ex-professora confessar que ajudou ele com o trabalho de conclusão do curso.



Mas quando ele chegou na Royal Military Academy em Sandhurst tudo mudou. Finalmente ele havia encontrado o que estava procurando.



Ele era altamente eficiente, vivo, orgulhoso do seu trabalho, decisivo e popular. Em uma entrevista para a televisão quando completou 21 anos ele revelou que não tinha medo de morrer e ninguém duvidou disso.



Então, seis meses atrás, veio a decisão que caiu como uma bomba sobre o príncipe. A decisão de separar ele de sua ambição e de sua tropa. Eles podiam fazer tudo o que haviam treinado e iam para o Iraque, mas ele não.



Harry era muito especial para os riscos de servir em um país envolvido em um conflito extremamente violento.


"Foi uma situação horrível quando contaram a ele que a sua ida ao Iraque tinha sido vetada," diz um funcionário da realeza."Tudo o treinamento que ele teve foi em vão. Eu acho que naquele momento ele se sentiu extremamente sem valor. Na minha opinião, essa decisão o arruinou. Ele é uma alma perdida. É por isso que ele bebe. Deus o ajude se, nessa idade, ele começar a virar dependente do alcool", complementa.



O fato é que seu pai, o Príncipe Charles, nunca teve influência suficiente sobre ele. Na verdade, na maior parte do tempo, Charles aparenta estar mais consumido com os seus problemas que ele não está sabendo das noitadas do filho. E não é só isso, um exemplo disso foi que Charles só ficou sabendo que Harry usou drogas quando tinha 17 anos depois que foi revelado pela mídia sensacionalista.



Talvez Charles possa ser perdoado ao pensar que o Exército, com sua rígida disciplina, controlaria Harry, que possui seu próprio quarto em Combermere decorado com fotos da família e da namorada Chelsy. Mas a verdade é que o Éxército não substitui o papel dos pais para Harry.



Ao invés disso, o Exército o trata como um adulto, esperando que ele se comporte como tal.



Como subalterno não em serviço ativo, ele tem uma abudância de tempo livre, seu horário de trabalho vai das 8.30 às 16.45. Assim, o príncipe vive a realidade do ditado, "cabeça de desocupado é a residência do satanás".



No Afeganistão, Harry ficou literalmente longe do fogo cruzado. Sua presença ficou restrita à segurança da sala de comando, distraindo os soldados com partidas de rugby nas horas de folga e reclamando do grude servido às tropas.



Mas todo esse golpe de marketing e de relações públicas parece não ter tido o efeito desejado pois, quando regressou da sua missão, Harry partiu direto para seu habitat natural, uma boite no centro de Londres.



E o pior ficou reservado para uma entrevista concedida a um canal de televisão. Harry disse ao entrevistador: "Eu geralmenta não gosto muito da Inglaterra, você sabe. É sempre bom estar longe da imprensa, dos jornais e das merdas que eles escrevem."

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