domingo, 11 de setembro de 2011

O Mistério do VOO AA 77


No começo de agosto de 2001, Hani Hanjour foi até o aeroclube de Freeway, em Bowie, no estado de Maryland, querendo alugar um pequeno avião. A norma do aeroclube diz que o interessado em alugar deve fazer um teste prático para que se comprove a capacidade de pilotagem do locatário. Todavia, ao realizar três baterias de testes na segunda semana de agosto, Hanjour teve problemas para controlar e pousar um Cessna 172.

Marcel Bernard, instrutor chefe de voo em Freeway, confirmou que Hanjour esteve em Freeway. ‘’Ele já tinha a licença para pilotar. Ele a obteve em uma escola no Arizona, cujo nome não me recordo’’.

Hanjour foi descrito como sendo muito calado, suas habilidades de voo foram consideradas medianas ou abaixo da média e o seu inglês era muito pobre.

Mesmo assim, os EUA afirmam que esse mesmo cidadão foi capaz de, um mês depois, pilotar e jogar um Boeing 757 contra o edifício sede do Pentágono, numa manobra quase impossível de executar mesmo para pilotos militares altamente qualificados. Segundo o pessoal do tráfego aéreo que acompanhava no radar, ele fez uma volta de 270º enquanto descia vertiginosamente dois mil metros em dois minutos, para nivelar a poucos metros do chão (o suficiente pra quebrar as lâmpadas de postes do Pentágono) e descer mais ainda, mantendo a turbina a poucos centímetros do solo (sem que isso arruinasse o gramado do Pentágono) para que fosse possível bater no primeiro andar.
Em depoimento dado ao Washington Post, Steve Patterson disse que acompanhava pela tv os acontecimentos no WTC quando, da janela do seu apartamento, viu um jatinho particular prateado voar perto do Pentágono. O avião que tinha o som agudo similar ao de um caça, sobrevoou o cemitério de Arlington tão baixo que ele pensou estava indo pousar na pista da estrada I-395.

Ainda segundo Patterson, o avião, que parecia ter capacidade para transportar de oito a doze pessoas, seguiu reto para o Pentágono mas estava voando como se fosse para uma pista de pouso inexistente.

O edifício do Pentágono é composto de cinco concêntricos. Estes são divididos em cinco complexos. O impacto foi no Complexo 1 que estava em reforma desde 1999. A obra estava a alguns dias do seu fim. O avião sequestrado supostamente bateu nos anéis E, D e C, e foi parar numa passagem de serviço, conforme relatou a assessoria de imprensa da Força Aérea.

Mas o que aconteceu com as 100 toneladas do avião e os 20 mil litros de combustível? Sim, porque os danos causados ao edifício não parecem ter sido devido ao Boeing.
Para a Pilots for 9/11 Truth (http://pilotsfor911truth.org), uma organização de profissionais da aviação e pilotos de todo o globo que se reuniram em conjunto para descobrir a verdade que envolve os eventos do 11 de Setembro de 2001, nenhum Boeing 757 chocou com o Pentágono no 11 de Setembro.

Segundo a organização, há enormes diferenças entre a explicação oficial e os dados do voo:
a) Na animação do voo feita pela NTSB, a aproximação e a altitude não confirmam as versões oficiais.
b) Todos os dados de altitude mostram o avião a pelo menos 300 pés (91 m) acima do chão, demasiado alto para ter batido nos postes de iluminação pública.
c) Os dados da razão de descida estão em conflito direto com o facto do avião ser capaz de colidir com os postes de iluminação e de ter sido capturado no vídeo liberado pelo Departamento da Defesa (a gravação foi feita por uma câmara de segurança do Pentágono) como um objeto a voar aproximadamente em paralelo ao gramado.
d) O registo de dados cessa pelo menos um segundo antes do momento oficial do impacto.
e) Se a tendência daqueles dados fosse continuada, a altitude do avião teria estado a pelo menos 100 pés (30 m), demasiado alto para ter batido no Pentágono.

Como observa Robert Balsamo, co-fundador de Pilots for 9/11 Truth: "A informação nos documentos do NSTB não confirma, e em alguns casos contradiz factualmente, a posição oficial do governo de que o Voo 77 da American Airlines colidiu com o Pentágono na manhã de 11 de Setembro de 2001". O estudo foi assinado por 15 pilotos profissionais com a experiência de uma vasta carreira militar e comercial. Eles tornaram a sua animação, "Caixa de Pandora: Capítulo 2" disponível para o público em http://video.google.com/videosearch?q=Pandora's+Black+Box%3A+Chapter+2 .

De acordo com James H. Fetzer, fundador de Académicos pela Verdade do 11/Set ( Scholars for 9/11 Truth, http://911scholars.org ), este resultado ajusta-se no quadro mais vasto do que aconteceu naquele dia no Pentágono. "Desenvolvemos quatro linhas de argumentação que provam – conclusivamente, no meu entender – que nenhum Boeing 757 colidiu com o edifício. A prova mais importante em contrário tem sido os numerosos relatos de testemunhos oculares de um grande avião comercial de carreira vindo em direção ao edifício. Se o dado do NTSB está correto, então o estudo dos Pilotos mostra que um grande avião direcionou-se para o edifício mas não colidiu com ele. Ele desviou-se e voou acima do Pentágono".

Ainda segundo Fetzer, "Anteriormente desenvolvemos várias linhas de argumentação, cada uma das quais provava que nenhum Boeing 757 colidiu com o edifício", incluindo estas quatro:

(1) O ponto de impacto no Pentágono era demasiado pequeno para absorver um avião de carreira de 100 toneladas com uma envergadura de 125 pés [38,1 m] e uma cauda que se eleva 44 pés [13,4 m] acima do chão; a qualidade e quantidade de resíduos estava errada para um Boeing 757: não havia asas, nem fuselagem, nem poltronas, nem corpos, nem bagagem, nem cauda!! Nem mesmo os motores foram recuperados, e eles são praticamente indestrutíveis.

(2) De uma estimativa de 84 vídeos do acidente, os três que foram libertados pelo Pentágono não mostram um Boeing 757 a chocar com edifício. Com 155 pés [47,2 m], o avião era mais do que o dobro do que os 77 pés [23,47 m] de altura do Pentágono e deveria ter sido visível. Há indicações de um avião muito menor, mas não um Boeing 757.

(3) Na verdade, a aerodinâmica do voo teria tornado a trajetória oficial – a voar a mais de 500 mph [895 km/h] um pouco acima do nível do chão – fisicamente impossível, por causa da acumulação de uma enorme bolsa de ar debaixo da fuselagem, e se ele tivesse feito isto num ângulo diferente teria criado uma cratera, mas não há cratera e assim a trajetória oficial é impossível.

(4) Voar bastante baixo teria significado que os enormes motores estavam a "arar" o solo e a criar sulcos extensos; mas não há sulcos extensos. Assim, a superfície lisa e não estragada da grama do Pentágono apresenta-se como uma "arma fumegante" a provar que a trajetória oficial não pode ser mantida.

Por fim, é interessante informar que outras câmaras de segurança filmaram o ataque. O Sheraton National Hotel tem uma câmara no topo do telhado. Empregados do hotel disseram que minutos depois do choque, agentes do FBI chegaram ao hotel e levaram as fitas de gravação alegando que faziam parte da investigação.

Não é preciso dizer que esse vídeo nunca foi liberado, aliás nem esse nem o vídeo captado pela câmara de segurança do posto de gasolina de José Velásquez. Ele afirma que as câmaras são próximas o bastante para ter gravado o momento do impacto. Em entrevista à National Geographic News, Velásquez contou que nunca chegou a ver o vídeo pois, em questão de minutos, o FBI esteve no posto e levou as fitas com as gravações.

Se estava voando tão baixo, com certeza o Boeing teria sido captado pelas câmaras do Departamento de Transporte da Virgínia, principalmente na Estrada 27 que fica próxima ao Pentágono. Porém, o filme nunca foi liberado e ao que consta, também, foi confiscado pelo FBI.

Eu sempre duvidei que um Boeing 757 se chocou contra o Pentágono. Os fatos falam por si só. Porém, gostaria que um dia viesse à tona o que aconteceu com a aeronave da American Airlines e seus passageiros.


The truth is out there!

Fontes:
http://resistir.info/11set/new_study_p.html
www.fimdostempos.net/11setembro_farsa2.html
www.pentagonstrike.co.uk/

sábado, 10 de setembro de 2011

11/09: Uma Farsa?

Uma farsa americana?

Nos últimos dias andei me dedicando à pesquisar um pouco sobre os incidentes que ocorreram em 11 de setembro de 2011. Na véspera da comemoração dos 10 anos do fato, publicarei algumas informações que acho pertinentes para serem de conhecimento geral, visto que o mundo mudou drasticamente depois daquele dia.

Tive o trabalho de pesquisar sites, blogs e assistir a documentários que saem do lugar comum e questionam o Establishment. Desta forma, ao longo desta semana irei fazer um ‘’especial’’ sobre os eventos que gerou uma nova ordem.

Para começar, vamos voltar no tempo e à época da guerra fria.

Em 13 de março de 1962, Lyman Lemnitzer, um dos conselheiros militares da Casa Branca, apresentou uma proposta ao então secretário de defesa Robert McNamara, denominada de ‘’Operação Northwoods’’.

O documento propunha a preparação de ataques terroristas dentro e ao redor da Baia de Guantanamo, visando criar um pretexto para intervenções militares em Cuba. As ações previstas incluíam:
• Lançar rumores sobre o uso de rádios clandestinos em Cuba;
• Introduzir aliados cubanos dentro da base para criar ataques;
• Iniciar tumultos na entrada principal;
• Explodir munições dentro da base, provocando incêndios;
• Sabotar aviões e navios na base;
• Bombardear a base com morteiros;
• Afundar um navio do lado de fora da entrada da baía para encenar funerais de falsas vítimas;
• Planejar uma campanha de terror em Miami e Washington DC; e, finalmente:
• Destruir um avião teleguiado sobre águas cubanas. Os passageiros, na verdade agentes federais, seriam alegadamente estudantes universitários de férias.
Um avião na base da Força Aérea em Eglin, seria pintado e numerado para se passar por uma aeronave civil registrada (que na verdade pertenceria a uma organização da CIA em Miami.

A cópia seria substituída pelo avião real e embarcada com os passageiros. O avião verdadeiro seria então convertido em um avião teleguiado. Os dois aviões se encontrariam no sul da Flórida. O avião com os passageiros pousaria na base em Eglin para evacuar seus passageiros e retornar ao seu status original.O avião teleguiado, por sua vez, seguiria o plano de voo programado e, sobre águas cubanas, transmitiria um sinal de MAYDAY antes de ser explodido pelo controle remoto.

O plano foi vetado tanto por McNamara como por Kennedy que, pessoalmente tira Lamnitzer do ‘’Joint Chiefs of State’’ meses depois.

Avancemos um pouco no tempo e vamos analisar o desenrolar de alguns fatos.

1º/12/1984

Um Boeing 720 controlado remotamente decola da base aérea de Edwards e é derrubado pela NASA para fins de pesquisa com combustível. Antes de sua destruição, o avião voou um total de 16h22m, realizando decolagens, aproximações e pouso no referido período.

Agosto, 1997

A capa da ‘’Resposta emergencial ao terrorismo’’ da FEMA (Federal Emergency Management Agency, sigla para Agência Federal de Gerenciamento de Emergência) mostra o WTC no meio de uma mira.

28/02/1998

O Global Hawk, aeronave sem tripulação da empresa Raytheon completa seu primeiro voo sobre a base aérea de Andrews, na California, numa altitude de 32 mil pés (altitude de cruzeiro de um avião comercial).

1999

O NORAD - North American Aerospace Defense Command (Comando Norte Americano de Defesa Aeroespacial, em português) – inicia exercícios onde são simulados que aviões sequestrados voam direto ao WTC e ao Pentágono.

Junho, 2000

O Departamento de Justiça libera um manual do terrorismo, colocando o WTC como alvo. Em setembro do mesmo ano, um projeto para um ‘’novo século americano’’, um grupo de pensadores neoconservadores , dentre eles Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Jeb Bush e Paul Wolfowitz, publicam um relatório intitulado ‘’Reconstruindo as defesas americanas’’, onde declaram que, ‘’o processo de transformação, mesmo que traga mudanças revolucionárias, provavelmente será longo, se não houver um evento catastrófico e catalisador, como um novo Pearl Harbour’’.

24/10/2000

O Pentágono conduz o primeiro de dois exercícios de treinamento chamado de MASCAL, o qual simula um Boeing 757 batendo contra o edifício. Charles Burlingame, ex-piloto, que trabalhou no Pentágono por 17 anos, participou de uma versão anterior deste exercício em 1989 antes de se aposentar e assumir um cargo na American Airlines, onde, 12 anos depois, um 757 da empresa se chocaria contra o Pentágono.
No ano seguinte, o NORAD planeja um exercício onde um avião voa direto ao Pentágono, mas é rejeitado como sendo ‘’muito improvável’’.


Junho, 2001

O Departamento de Defesa inicia novas instruções para intervenções militares no caso de sequestro aéreo. É declarado que, para todas as respostas não imediatas, o departamento deve pedir permissão diretamente da Secretaria de Defesa. O Procurador Geral John Ashcroft passa a voar em aviões fretados pelo restante de seu mandato, devido à ‘’avaliação de ameaças’’ feita pelo FBI.

04/07/2001

Osama Bin Laden, procurado pelos EUA desde 1998, é atendido no American Hospital em Dubai, onde ele é visitado por um chefe local da CIA.

24/07/2001

Larry Silverstein, que já era proprietário do WTC 7 (que desabou juntamente com as ‘’torres gêmeas’’), assina um contrato de aluguel de 99 anos, no valor de US$ 3,2 bilhões, para todo o complexo WTC, seis semanas antes do 11/09. O contrato inclui um seguro no valor de US$3,5 bilhões, especificamente para cobrir atos de terrorismo.

06/09/2001

3.150 opções de venda são colocadas nas ações da United Airlines. Uma opção de venda é uma aposta de que uma ação cairá. Naquele dia, as opções de venda eram quatro vezes maiores que a média diária.
Nesse mesmo dia, cães farejadores de bomba são retirados do WTC e seguranças terminam duas semanas de turnos de 12 horas.

07/09/2001

27.294 opções de venda são colocadas nas ações da Boeing, mais de cinco vezes a média diária.

10/09/2001

4.516 opções de venda são colocadas nas ações da American Airlines, quase 11 vezes a sua média diária.

A Newsweek relata que oficiais do alto escalão do Pentágono cancelam seus planos de voo para a manhã seguinte. O prefeito de São Francisco, Willie Brown, recebe um telefonema alertando-o para não voar na manhã seguinte.

No Paquistão, num hospital militar, todos os urologistas são substituídos por um time especial, para que recebessem o seu convidado de honra, Osama Bin Laden, o qual é cuidadosamente escoltado ao interior para ser ‘’cuidadosamente examinado’’.

11/09/2001

O Escritório Nacional de Reconhecimento, localizado em Chantilly, Virginia, se prepara para um exercício no qual um pequeno avião corporativo bate contra o seu prédio. O NORAD se encontra no meio de exercícios militares. O primeiro, ‘’Vigilant Guardian’’, é descrito como ‘’um exercício que propunha uma crise imaginária nos postos avançados da defesa aérea norte-americana em todo o país’’. O segundo, ‘’Northern Vigilance’’, consiste no envio de aviões de caça ao Canadá e Alaska para combater uma frota russa imaginária.

Três F-16 vindo da Guarda Nacional em Washington DC voam 180 milhas para uma missão de treinamento da Carolina do Norte. Toda essa movimentação fez com que restassem apenas 14 caças para proteger todos os EUA.

domingo, 28 de agosto de 2011

O Dia Em Que O Mundo Explodiu



Lava laranja brilhante vomita no ar, uma fumaça negra se mistura com as nuvens e a noite sombria assume um nefasto brilho avermelhado.

Com uma força explosiva 13.000 vezes maior que a bomba atômica que aniquilou Hiroshima, a erupção do Krakatoa em 1883 matou mais de 36 mil pessoas e alterou radicalmente o clima global e as temperaturas por muitos anos depois.
Elevando-se a 365m acima da quietude tropical do Estreito de Sunda, na Indonésia, um dos vulcões mais terríveis que o mundo já conheceu, volta e meia dá sinais de atividade intensa.

Quase 126 anos depois da grande erupção o que restou do Krakatoa está borbulhando, fervendo e transbordando.

A erupção a que me refiro foi tão violenta e catastrófica que nenhum vulcão ativo nos tempos modernos, chegou perto de rivalizar com ele, nem mesmo a erupção espetacular do Monte St Helens, nos EUA em 1980. Agora, quase um século e meio depois, estamos prestes a vivenciar os horrores do Krakatoa mais uma vez?
Registros oficiais da época mostram que a erupção de 1883, juntamente com um enorme tsunami gerado por ela, destruiu 165 vilas e cidades, danificou seriamente umas 132 e matou mais 36.417 pessoas.

Os efeitos atmosféricos da catástrofe, como poeira e cinzas circundando o globo, causaram estranhas transformações na Terra, como súbita queda de temperatura e transformações no nascer e pôr do Sol por aproximadamente 18 meses e levando até anos para voltar ao normal. Todas as formas de vida animal e vegetal da ilha foram destruídas. Por causa das explosões, vários tsunamis ocorreram em diversos pontos do planeta. Perto das ilhas de Java e Sumatra, as ondas chegaram a mais de 40 metros de altura.

"A previsão de atividade vulcânica está ficando melhor", diz o professor Jon Davidson, catedrático de Geologia da Universidade de Durham e um vulcanólogo que estudou sobre o Krakatoa. "Mas nós nunca seremos plenamente capazes de prever erupções grandes e incomuns, simplesmente porque são incomuns’’, acrescenta.

Quase 150 anos depois, a região onde Krakatoa se localiza, que fica entre as ilhas de Java e Sumatra, no arquipélago indonésio, é uma das mais densamente povoadas, atraindo pequenos agricultores devido ao solo rico e fértil devido à atividade vulcânica da área. Não é nenhum mistério que centenas de milhares de pessoas poderiam ser mortas se ocorrer outra erupção de proporções gigantescas.O que se estuda atualmente é se há chance de que ocorra outra erupção tão devastadora do que a que ocorreu no século XIX.


O especialista em astronomia, cientista e vulcanólogo italiano Marco Fulle, 51 anos, de Trieste, já fez inúmeras imagens do vulcão. Fulle tem fotografado cometas e vulcões por anos.

"Esses vulcões tendem a repetir explosões como a de 1883 muitas vezes durante sua vida", diz ele. "A opinião comum é que Krakatoa vai voltar a ser realmente perigoso quando atinge o tamanho que tinha sido em 1883. O vulcão foi duas vezes mais alto do que agora."Não há garantia de que uma outra erupção não ocorrerá tão cedo.

Era a manhã de 20 de maio de 1883, quando um navio alemão, o Elizabeth, relatou ter visto uma coluna de cinzas e fumaça acima da ilha de Krakatoa.A última erupção conhecida havia acontecido há pelo menos 200 anos.Nos meses seguintes a fumaça, ruídos e expulsão de cinzas continuaram. Ao invés de evacuarem a área, os habitantes locais realizaram inúmeros festejos.

Tudo isso mudou logo depois do meio-dia em 26 de agosto, quando a primeiro de uma série de grandes explosões que enviaram detritos a 27km de altitude. Então, às 5:30 da manhã no dia seguinte, quatro enormes erupções lançaram dois terços da ilha ao mar.

"Foi uma potente mistura de magma e água do mar que fez a erupção tão explosiva", diz o professor Davidson. "A água tinha conseguido acessar a câmara magmática e o resultado fez a ilha em pedaços."

A sucessão de erupções e explosões durou 22 horas e o som da grande última explosão foi ouvida a cinco mil quilômetros, na ilha de Rodrigues, tendo os habitantes ficado surpresos com o estrondo, supondo significar uma batalha naval. Os barógrafos de Bogotá (próximo à antípoda do local da explosão) e Washington enlouqueceram. O barulho chegou também até Perth na Austrália, distante 1.900 quilômetros, bem como Filipinas e ao Sri Lanka, cerca de 4.500 quilômetros dali.

Acredita-se que o som da última grande explosão foi o mais intenso já ouvido na face da Terra e reverberou pelo planeta ao longo de nove dias. Todos os que se encontravam em um raio de 15 km do vulcão tiveram seus tímpanos rompidos e ficaram surdos.

A cratera do vulcão era monstruosa, possuía aproximadamente 16 km de diâmetro. O vulcão não parou de cuspir lava e houve ainda outras erupções durante todo o ano. Antes da erupção, a ilha possuía quase dois mil metros de altitude, mas após a erupção a ilha foi riscada do mapa, tendo-se um lago formado na cratera do vulcão, onde hoje vivem várias espécies de plantas e pássaros.

Muito mais devastador foi o tsunami que se seguiu. Em Java, a onda espalhou-se rapidamente para o interior. Na cidade costeira de Merak, um sobrevivente descreveu o momento em que a onda chegou na manhã de segunda-feira. "Vimos uma grande coisa preta vindo em nossa direção", disse ele. "Era muito alta, e logo vimos que era água. Árvores e casas foram levados. Houve uma corrida geral para subir nos lugares mais altos. As pessoas eram engolidas pela onda e desapareciam nela. "

Mais de 90 por cento das pessoas mortas por Krakatoa morreram no tsunami. Nos anos seguintes à erupção, a área em torno de Krakatoa ficou tranquila. No entanto, em 1927, vapor e pedra eram vistos borbulhando na água, e logo Anak Karakatoa - 'Filho de Krakatoa "- começou a emergir do mar.


Em novembro de 2007, o vulcão entrou em erupção novamente, porém foi por pouco tempo e os efeitos pouco foram sentidos.

Na primavera de 2009, no entanto, o Anak Krakatoa roncou novamente. As erupções tornaram-se tão intensas que iluminaram as nuvens e ocasionaram tempestades violentas.

Alguns, como Professor Davidson, são céticos sobre outra erupção potente acontecer em breve. "Não há magma suficiente", diz ele. "Ao invés de fazer previsões como essa, é a responsabilidade dos cientistas fazer o que puder para minimizar os riscos para aqueles que vivem nas proximidades. Isso é algo que estamos nos aprimorando’’.

O povo do Estreito de Sunda só pode esperar e rezar para que, desta vez, os cientistas estejam certos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Terra é azul





A TERRA É AZUL
‘’A Terra é azul’’. O autor dessa frase foi o cosmonauta e piloto soviético Yuri Alekseyevich Gagarin que alcançou fama mundial por ter sido o primeiro homem a ter ido ao espaço. A bordo da cápsula Vostok 3KA, Gagarin deu a volta ao mundo em 89 minutos, quase a duração de uma partida de futebol. O lançamento ocorreu no Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, local onde os russos lançam seus foguetes até hoje.

Nascido no dia 09 de março de 1934 em uma fazenda comunitária na cidade de Kluchino, a oeste de Moscou. Era filho de Aleksei Ivanovitch Gagarin e Anna Timofeievna Gagarina, trabalhavam numa kolkhoz (fazenda coletiva).[Os trabalhadores manuais eram descritos nos relatórios oficiais como "camponeses", o que indica que isto pode ser uma simplificação no caso de seus pais - a mãe dele teria sido uma leitora voraz, e seu pai um hábil carpinteiro. Gagarin foi o terceiro de quatro filhos e sua irmã mais velha ajudou a criá-lo, enquanto seus pais trabalhavam.

Gagarin aterrissou, precisamente, às 11h05 do dia 12 de abril de 1961. O local da aterrissagem foi em uma fazenda do Cazaquistão, na época uma das inúmeras repúblicas socialistas soviéticas. Trajando um macacão laranja e capacete branco, após ter pousado de paraquedas, quando recolhia os apetrechos, deu de cara com a proprietária e sua filha, que o observavam boquiabertas: “Não tenham medo. Sou soviético como vocês. Vim do espaço e preciso telefonar para Moscou”. Esse foi o desfecho vitorioso da primeira viagem do homem ao espaço.

No meio da Guerra Fria, esse fato marcou o início da corrida espacial. E os soviéticos largaram bem, sendo os primeiros a lançarem um satélite artificial o Sputinik, o primeiro ser vivo, a cadela Laika, preparando o terreno para o envio de Gagarin. Com isso, os americanos tiveram muito trabalho para ultrapassarem os soviéticos, fato que ocorreu quando do envio do homem à lua.

Enquanto viajava na órbita terrestre à uma velocidade 27.400 quilômetros por hora, o russo fazia história. Mas porque ele foi o escolhido para realizar tamanha façanha ? Ainda jovem, Gagarin passou a interessar-se pelo espaço e planetas. Foi descrito por seus professores em Liubertsi, cidade-satélite de Moscou, como inteligente e trabalhador, e por vezes malicioso. Seu professor de matemática e ciência tinha servido na Força Aérea Soviética durante a Segunda Guerra, o que provavelmente foi uma substancial influência para o jovem Gagarin.

Depois de iniciar um estágio em uma metalúrgica como fundidor, Gagarin foi selecionado para o ensino secundário técnico em Saratov. Enquanto isso, ele se juntou ao "AeroClub", e aprendeu a pilotar um avião leve, um passatempo que assumiria uma proporção crescente de seu tempo. Em 1955, após concluir a sua formação técnica, ele entrou para treinamento de voo militar na Escola de Pilotos de Orenburg. Lá, ele conheceu Valentina Goryacheva, com quem se casou em 1957, após ganhar suas asas de piloto em uma MiG-15. Após formado, foi enviado à base aérea de Luostari em Murmansk Oblast, perto da fronteira norueguesa, onde as condições climáticas tornava os voos arriscados. Ele se tornou tenente da Força Aérea Soviética em 5 de novembro de 1957 e em 6 de novembro de 1959 recebeu a patente de tenente sênior.

Em 1960, foi um dos 20 pilotos selecionados, após rigorosas seleções físicas e psicológicas, para o programa espacial soviético. Alguns aspectos pesaram na sua escolha para ser o primeiro a ir ao espaço, dentre eles destaco a sua excelente performance nos treinos, a sua origem camponesa – que contava pontos no sistema comunista - sua personalidade magnética e esfuziante, e principalmente devido às suas características físicas – ele tinha 1,57 m de altura – já que a cápsula programada para a viagem pioneira em órbita, a Vostok, tinha um espaço mínimo para o piloto.

Os cientistas russos terão calculado erradamente (por duas vezes) a trajectória de aterragem da nave, pelo que a cápsula espacial de Gagarin aterrou a mais de 320 quilómetros do local inicialmente previsto, causando a que no momento da aterragem não estivesse ninguém à sua espera.

Promovido de tenente a major enquanto ainda estava em órbita, foi com esta patente que a Agência Tass soviética anunciou este espetacular feito ao mundo, que assim tomava conhecimento de que entrava na Era Espacial, definitivamente, a partir daquele momento.

Após o feito, Gagarin tornou-se instantaneamente uma celebridade soviética e mundial e passou a viajar pelo mundo promovendo a tecnologia espacial do seu país, sendo recebido como herói por reis, rainhas, presidentes e multidões por onde passava. No Brasil, foi recebido e condecorado pelo então presidente Jânio Quadros com a Ordem do Cruzeiro do Sul.

Gagarin terminou por sucumbir perante a fama e a popularidade, que começaram a afetar a personalidade de Gagarin, que passou a beber constantemente tendo seu casamento afetado por causa disso. Feriu-se num acidente causado pela bebida na Criméia, em companhia de uma jovem enfermeira, em outubro de 1961. A partir de 1962, ocupou o cargo de deputado no Soviete Supremo da União Soviética até voltar ao programa espacial soviético, para trabalhar no design de novas espaçonaves.

Após vários anos afastado, dedicado apenas ao programa espacial, Gagarin voltou ao curso de treino de pilotos, para uma requalificação como piloto de caça nos novos caças MiG da Força Aérea.

Em 27 de março de 1968, durante um voo de treinamento de rotina sobre a localidade de Kirzhach, ele e o instrutor de voo Vladimir Seryogin morreram na queda do MiG-15 que pilotavam, num acidente que talvez venha a ser devidamente explicado agora, quando se comemora o jubileu de ouro do seu grande feito.

A Rússia, aproveitando as comemorações dos 50 anos da ida de Gagarin ao espaço, abriu os arquivos sobre o acidente que vitimou o piloto russo. Uma sonda atmosférica é apontada como a causa provável da morte de Gagarin, Segundo documentos divulgados nesta recentemente, o piloto teria feito uma manobra brusca para desviar do objeto, o que teria provocado o desastre. O caso havia sido classificado como "segredo de Estado" pelas autoridades soviéticas.

Segundo o chefe dos Arquivos do Kremlin, Alexandre Stepanov, " após as análises das circunstâncias do acidente aéreo, a causa mais provável da catástrofe seria uma manobra brusca (do piloto) para evitar uma sonda atmosférica".

A manutenção do segredo desde a época soviética sobre as causas da morte de Gagarin gerou os mais diversos rumores, desde um complô da KGB à hipótese de que ele estaria embriagado.As teorias conspiratórias, aproveitando o segredo do Kremlin, começaram a multiplicar versões, incluindo a manobra de um segundo avião, que teria desestabilizado o MiG-15 de Gagarin, e outros,como um problema técnico com o próprio aparelho. Os que optaram pela tese de complô afirmaram que Yuri Gagarin pode ter sido vítima da KGB ou de outros serviços secretos da época. Outros diziam que o cosmonauta, piloto de formação, muito ocupado com o título de herói e seu papel de propagandista da União Soviética, poderia ter perdido sua habilidade para voar neste tipo de aparelho.

Uma coisa é certa: Gagarin marcou o seu nome na história.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores


O texto que se segue foi extraído e adaptado de uma matéria da Veja da edição nº 05, de 09 de outubro de 1968. Não sei quem foi o autor. Caso alguém saiba, favor me avisar que colocarei os devidos créditos. O propósito deste post é trazer à tona o grande artista Geraldo Vandré, que sumiu do cenário musical e da mídia após o estrondoso sucesso da canção ‘’Pra não dizer que não falei de flores’’ ou simplesmente ''Caminhando''. Além de ter sido a primeira música (e única, por sinal) que aprendi a tocar no violão, ela vem em mente sempre que o tema ‘’Ditadura Militar’’ é citado. Recentemente li o primeiro dos quatro volumes escritos por Elio Gáspari sobre o tema. Acredito que para as novas gerações esse deva ser um assunto a ser conversado e tornado disponível para leitura, principalmente para explicitar as atrocidades cometidas por aquele regime. É importante que se defenda a democracia acima de tudo, apesar dos péssimos políticos que dispomos.


Só com um violão e uma canção de dois acordes, Vandré fez 20 mil pessoas cantarem ‘’Pra não dizer que não falei de flores.’’

‘’Essa música é atentatória à soberania do País, um achincalhe às Forças Armadas e não deveria ser nem inscrita”, declarou o Secretário de Segurança do Estado da Guanabara, General Luís de França Oliveira, que pediu ao Ministério da Justiça, a proibição da música ‘’Pra não dizer que não falei de flores’’,a canção que fez 20 mil pessoas aplaudirem no Ginásio do Maracanãzinho, durante o III Festival Internacional da Canção.

Na semana seguinte, já em São Paulo, Vandré receberia um bilhete com os seguintes dizeres: ‘’Venha cantar para mim, tenho saudades da liberdade’’. O pedido vinha da líder estudantil Catarina Meloni, presa numa das inúmeras passeatas daquele ano de 1968, ano que nunca terminou. Ao ler e reler inúmeras vezes o bilhete, o trovador paraibano não sabia se ‘’fazia a hora ou esperava acontecer’’. Teria o bilhete sido mesmo escrito por Cataria ou tratava-se de uma cilada dos militares que estavam no poder havia quatro anos?

Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo, natural de João Pessoa, tinha 33 anos em 1968. Na juventude, foi expulso de dois colégios e aprendeu que a ‘’liberdade é a coisa que mais importa na vida do homem’’. Ele chegou em São Paulo em 1961, ‘’por causa de uma namorada’’. Cantou em programas de auditório, foi corretor de imóveis e a primeira vez que participou de um festival foi em 1965, tendo desempenhado mal e sendo desclassificado com a música ‘’ Sonho de Carnaval’’, de Chico Buarque. No ano seguinte estouraria com ‘’Disparada’’, vendendo mais de 230 mil discos, uma vendagem astronômica para a época. Em 1967, foi desclassificado com ‘’De Como Um Homem Perdeu Um Cavalo e Continuou Andando’’. Ficou marginalizado nos programas de televisão, ‘’onde se usava smoking e dava fama ao artista’’. Em agosto daquele ano, ganhou a Medalha de Ouro na categoria ‘’Intérprete’’, no Festival da Canção de Protesto da Bulgária, mesmo festival que premiou ‘’Che Guevara Não Morreu’’, de Sérgio Ricardo.

‘’A música de Vandré é uma guarânia, ótima para representar o Paraguai, não o Brasil’’, diz o Maestro Gaya, enquanto Vandré ri: ‘’Minha música é uma mistura de rasqueado de beira de praia com canção latino americana’’.Quando vinte mil pessoas aplaudem - incluindo personalidades como Christian Barnard e Francoise Hardy, que vai gravar a canção de Vandré – os protestos sempre aparecem. Ele reconhece que o tom político de sua música ajudou-o na consagração, quando tirou o segundo lugar, disse que ‘’a vida não se resume em festivais’’. Mas afinal o que é um festival para ele? ‘’É uma vitrine onde os compositores expõem suas músicas. E há poucas vitrines hoje em dia, por isso compareço’’.Compara os festivais a’’ um pau de sebo onde os artistas brigam para subir, deixando a música em segundo lugar’’. Quinze mil discos de ‘’Pra não dizer que não falei de flores’’ foram vendidos no lançamento. Para Vandré, isso quer dizer que as portas da televisão se abrem para ele.

A gravadora Vogue irá lançar um LP seu na França e três músicas já foram gravadas: ‘’Che’’, ‘’Porta Estandarte’’ e ‘’Modinha’’. Vandré seria compreendido lá fora? Ele acha que sim: ‘’O compositor deve ser fiel a seu país, pois é a partir dele que será universalmente compreendido’’. Mas no próprio Brasil, Vandré está sendo compreendido de maneiras diferentes. Na noite da primeira segunda-feira em que retornou à São Paulo, ele se apresentou no Teatro Municipal no programa em memória ao poeta espanhol Garcia Lorca. Foi uma noite desorganizada, a platéia se irritou. Vandré cantou sua música campeã mas, quando ia bisá-la, alguém gritou da platéia: ‘’Festivo!’’. Vandré respondeu: ‘’Querem que eu vista fantasia de proletário, não visto não!’’. Na noite seguinte foi ao Festival de Música Universitária, promovido pela TV Tupi e defendeu a canção de um estudante que lembrava muito a sua ‘’Disparada’’. Este festival foi uma verdadeira consagração da música de Caetano Veloso, dos Mutantes, do Maestro Rogério Duprat e de todos os tropicalistas. Essas manifestações, como a opinião do Maestro Gaya, são protestos musicais a Vandré. A do General França e a do presidente do júri do Festival, Donatelo Grieco (que teria escrito na ficha, junto ao nome de Vandré, ‘’left’’, esquerda e na de César Roldão Vieira, ‘’left dangerous’’, esquerda perigosa), puxam a música de Vandré para outras áreas.

Atualmente, Vandré reside em Imbituba, litoral sul de Santa Catarina. Ano passado, concedeu uma entrevista a Geneton Moraes Neto, no programa Dossiê Globo News, que viria a se tornar emblemática, pois fora a primeira entrevista que Vandré dava à um canal de televisão desde 1973. Nessa entrevista, ele critica o cenário cultural brasileiro desde os anos 70 e afirma que seu afastamento da música e da mídia, por assim dizer, não foi causado pela perseguição sofrida pela perseguição que sofreu durante a ditadura militar.

Quem quiser assistir à entrevista acima mencionada pode conferir em http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1620961-17665-337,00.html