terça-feira, 8 de setembro de 2009

40 anos sem Ho Chi Minh


HO CHI MINH – O TIGRE E O POETA*

Por Augusto C. Buonicore



Há 40 anos, no dia 3 de setembro de 1969, em plena ofensiva revolucionária, morreu o presidente Ho Chi Minh. A dor causada pela morte do velho líder derrubou as fronteiras impostas pelo imperialismo e, naqueles dias de luto e luta, o Vietnã passou a ser um só povo, um só país. Antes de morrer Ho havia escrito: “Após a minha morte é preciso evitar a organização de grandes funerais para não desperdiçar o dinheiro e nem o tempo do povo”. Mas, desta vez, o povo não atendeu seu pedido e lhe prestou uma grande homenagem. Em Hanói centenas de milhares de pessoas acompanharam seu funeral. E o poema que um dia dedicara a Lênin poderia muito bem lhe servir de epitáfio: “Agora ele converteu na brilhante estrela que nos ilumina o caminho da revolução socialista”.

A Indochina tem sido há milênios palco de lutas encarniçadas entre colonizadores e colonizados. No século XVI a Europa descobriu suas potencialidades econômicas. Primeiro vieram os portugueses e espanhóis, depois os franceses. Diante da resistência crescente dos povos da região, Napoleão III adotou uma política mais agressiva. Em 1897, a Indochina já estava “pacificada”, se transformando num protetorado francês além-mar.


A opressão colonial, no entanto, aguçava o espírito nacionalista e revolucionário do povo vietnamita. Neste período o centro da resistência aos colonizadores estava localizado na província de Nghe Thim. Seria ali que nasceria, no dia 19 de maio de 1890, Nguyen Sinh Cung, que mais tarde seria mundialmente conhecido como Ho Chi Minh.


A juventude de Nguyen foi marcada pela aventura. Aos vinte anos de idade matriculou-se numa escola de marinheiros e viajou pelo mundo afora. Esteve, inclusive, no Brasil. No ano da Revolução Russa, 1917, instalou-se em Paris, alterou seu nome para Nguyen Ali Quoc (o patriota) e entrou em contato com o movimento socialista. Após ler as teses de Lênin sobre a questão colonial e nacional passou a nutrir uma profunda admiração pelo líder revolucionário russo. “Queridos compatriotas, escreveu ele, era disso que necessitávamos, este é o caminho da nossa libertação”.

Três anos depois participou como delegado no Congresso do Partido Socialista Francês em Tours, no qual defendeu intransigentemente posições internacionalistas e criticou as posições vacilantes dos socialistas diante da questão colonial, apontando para a necessidade de unificar a luta dos operários pelo socialismo e a luta dos povos colonizados pela sua libertação nacional. Neste congresso nasceu o Partido Comunista da França e o jovem Nguyen se tornou um dos primeiros comunistas da Indochina.


Em fins de 1923 dirigiu-se a URSS, chegando em Moscou poucos dias após a morte de Lênin, que aprendera a respeitar ainda que de tão longe. Pelas páginas do Pravda demonstraria toda sua tristeza: “Lênin morreu! A notícia golpeou cada um de nós, como um raio ela se espalhou pelas ricas planícies da África e pelos verdes arrozais da Ásia. Os negros e os amarelos, é verdade, não sabem ainda com exatidão quem é Lênin nem onde fica a Rússia. Tudo fizeram para os impedir de saber. No entanto, foi passando de boca em boca que numa longínqua região do mundo, existe um povo que soube derrotar seus exploradores e que agora dirige ele mesmo seus assuntos sem precisar de patrões nem de governos gerais.”


Na Rússia participou ativamente do V Congresso da Internacional Comunista e foi logo após foi enviado à China para assessorar o Kuomitang – frente política-revolucionária composta de nacionalistas e comunistas. Ali organizou o Thanh Nien (Associação da Juventude Revolucionária do Vietnã), embrião do futuro Partido Comunista da Indochina. Durante a repressão desencadeada pelas tropas de Chiang Kai-shek contra os comunistas chineses, a direção do Thanh Nien se transferiu para Hong-Kong e Nguyen retornou a Europa.


No ano de 1929 delegados do Thanh Nien de todo o Vietnã se reuniram para discutir o futuro da organização e sua possível transformação em um partido de tipo leninista. Mas, divergências de ordem regionais levaram a uma cisão do Congresso e ao surgimento de dois partidos comunistas. Nguyen foi destacado para mediar o conflito e tentar a unificação destas diversas organizações em um único partido. Em fevereiro de 1930 realizou-se, sob sua coordenação, uma reunião na qual se decidiu pela unificação e criação de um Partido Comunista da Indochina unitário.


O avanço da esquerda na França, que culminou com a vitória da Frente Popular, trouxe novas esperanças para luta revolucionária no sudeste asiático. O governo francês decretou anistia e a legalizou do PC da Indonésia. Reascendeu-se, assim, o movimento de massas pela independência no qual os comunistas eram vanguarda. Mas, o período democrático durou pouco, pois com a queda do governo da Frente Popular, em 1939, uma violenta repressão desceu sobre o povo do Vietnã e o Partido Comunista foi colocado novamente na legalidade.


A China foi ocupada pelo Império japonês, aliado da Alemanha e Itália fascistas. Ho foi enviado novamente para assessorar as tropas nacionalistas e comunistas. Em 1940, quando seu próprio país foi ocupado, retornou para comandar a resistência armada e criou a Liga pela Independência do Vietnã, o Viet Minh - uma ampla frente antiimperialista.


No ano seguinte, quando retornou a China para estabelecer uma estratégia comum de luta contra a intervenção do Japão na região, acabou sendo preso pelas tropas de Chiang Kai-shek e passou quinze meses na prisão. Segundo ele: “os piores anos da sua vida”. Para não morrer escrevia poemas, que mais tarde seriam organizados sob o título Poemas do cárcere. Escreveu: “Se não houvesse o luto, a morte, o frio do inverno, / quem reconheceria o sol da primavera? / O acaso conduziu-me aos fornos da desgraça/ para fazer-me forte e de consciência rija”. Naqueles anos muitos acreditaram que ele estivesse morto, mas eis que reapareceu à frente do Viet Nihn. Nguyen – Seu nome agora era Ho Chi Mihn, que significava: “aquele que ilumina”.

Em 1945 a situação militar mais favorável permitiu a unificação dos diversos agrupamentos guerrilheiros do Vietnã num Exército de Libertação Nacional. No dia 23 de agosto os revolucionários tomaram Saigon e dois dias depois todo o país estava nas mãos do povo em armas. A revolução triunfara e Ho Chi Minh foi proclamado presidente. Na prisão havia escrito: “Aqueles que saem da prisão podem reconstruir um país ... / O verdadeiro dragão voará para fora”.


O imperialismo não permitiria que o Vietnã escapasse facilmente de suas mãos. Por isso fez de tudo para recuperá-lo. Em novembro de 1946 o exército francês assassinou cerca de seis mil vietnamitas e se reiniciou a guerra pela independência. Naqueles anos os ventos sopravam a favor da revolução asiática.


No final de 1949 a revolução antiimperialista na China saiu vitoriosa e os países sob hegemonia socialistas, encabeçados pela URSS, passaram a reconhecer oficialmente o governo de Ho Chi Minh. Estes fatos dão grande impulso à luta de libertação do povo do Vietnã e, em 1954, já havia sido retomado mais da metade do país. Neste mesmo ano ocorreu a maior batalha da guerra de independência em Dien Bien Phu, quando as tropas francesas foram definitivamente derrotadas. A revolução, novamente, vencia seus algozes. Afirmou Ho Chi Minh: “Para resistir aos aviões canhões de inimigos, tínhamos somente lanças de bambus. Mas nosso Partido era um Partido marxista-leninista, não enxergávamos apenas o presente, mas também o futuro e depositávamos confiança nas forças do nosso povo”.


Uma conferência, realizada em Genebra, aprovou um acordo de paz que estabeleceu a divisão do Vietnã e marcou eleições gerais, visando a unificação do país. Embora o presidente Ho soubesse que a resolução não era boa para o Vietnã ela, pelo menos, permitia uma trégua que seria benéfica para as forças revolucionárias e a reconstrução do Vietnã do Norte, destruído pelos longos anos de guerra.


O presidente Ho era um homem simples, sempre trajava seu velho uniforme caqui, sem divisas, e sandálias de camponês. Seu corpo, talhado nas grutas e florestas do seu Vietnã, não se adaptava facilmente ao palácio presidencial e preferia passar seus dias numa cabana de jardineiro. Todos queriam conhecer o presidente camponês e ele passava horas conversando com delegações de trabalhadores e, pacientemente, lhes explicava os objetivos da revolução.
A tão esperada eleição para a unificação do país não se realizou e logo se reiniciaram as provocações nas fronteiras do Vietnã do Norte. Em 1960 nacionalistas e comunistas do sul fundaram a Frente de Libertação Nacional, seus membros passariam a ser chamado pejorativamente de Viet Kongs. Cresceu o movimento democrático e nacional pela unificação do país, a situação do Vietnã do Sul se tornou insustentável e os EUA tiveram que aumentar seu envolvimento militar. Assim teve início um dos conflitos mais sangrentos da segunda metade do século XX e ao mesmo tempo uma das páginas mais belas da história da resistência dos povos por sua libertação.


Em 1968 o movimento contra a intervenção norte-americana do Vietnã atingiu seu auge. Nas manifestações que a juventude rebelada realizou nas ruas da França, Alemanha e Brasil podiam ser vistas fotos do velho líder revolucionário vietnamita. A partir de então o governo norte-americano, isolado politicamente, começou a realizar uma lenta e gradual retirada de tropas do Vietnã.


No dia 3 de setembro de 1969, em plena ofensiva revolucionária, morreu o presidente Ho Chi Minh. A dor causada pela morte do velho líder derrubou as fronteiras impostas pelo imperialismo e, naqueles dias de luto e luta, o Vietnã passou a ser um só povo, um só país. Antes de morrer Ho havia escrito: “Após a minha morte é preciso evitar a organização de grandes funerais para não desperdiçar o dinheiro e nem o tempo do povo”. Mas, desta vez, o povo não atendeu seu pedido e lhe prestou uma grande homenagem. Em Hanói centenas de milhares de pessoas acompanharam seu funeral. E o poema que um dia dedicara a Lênin poderia muito bem lhe servir de epitáfio: “Agora ele converteu na brilhante estrela que nos ilumina o caminho da revolução socialista”.


No dia 30 de abril de 1975 as tropas da Frente Nacional de Libertação irromperam vitoriosas em Saigon. No dia seguinte, 1º de maio, milhões de pessoas saíram às ruas do Vietnã para comemorar o dia internacional do trabalho e a libertação definitiva do país. No alto dos edifícios, sobre as selvas e grutas passou a tremular a bandeira vermelha com uma estrela dourada de cinco pontas, a bandeira da revolução, a bandeira de Ho Chi Minh.


Numa prisão chinesa havia escrito: “Uma noite sem dormir. Duas noites. Três noites/ Impossível dormir! Agito-me, angustiado. / Quarta noite, quinta noite. Será sonho? Vigília? / Cinco pontas de uma estrela enrolam em meus pensamentos”. Naqueles dias da libertação os sonhos do velho líder se transformaram em História.

* Esse artigo foi publicado originalmente no Sítio Vermelho quando dos 115 anos do nascimento de Ho Chi-minh

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Massa respondendo a estímulos


Foi assim que Felipe Massa começou a responder a estímulos.


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Os Diamantes são eternos



Agora a moda é, em vez de ser enterrado em um caixão, ou ser cremado, virar diamante após a morte.


Ao custo de alguns milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, uma empresa suíça agora garante ao falecido reservar seu lugar na eternidade sob a forma de um diamante humano.


Na Suíça, a empresa Algordanza recebe a cada mês entre 40 e 50 urnas funerárias procedentes de todo o mundo. Seu conteúdo será pacientemente transformado em pedra preciosa.


'Quinhentos gramas de cinzas bastam para fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3 kg depois da cremação', explica Rinaldo Willy, um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas funcionam sem interrupção 24 horas por dia. Ou seja, cada defunto pode gerar uns 5 diamantes, ou mais, dá para distribuir para toda família.


Os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação. Primeiro, viram carbono, depois grafite. Em seguida são expostos a temperaturas de 1.700 graus, finalmente se transformam em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva milênios.


'Cada diamante é único. A cor varia do azul escuro até quase branco. É um reflexo da personalidade', comenta Willy. A personalidade pela cor? Que coisa doida!Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada pelos familiares do falecido para depois ser usado num anel ou num cordão.Já pensou poder levar seu ente querido, depois da morte, em um colar ou anel? Se perguntarem sobre o falecido você vai poder dizer: 'Ele é uma jóia'.


Se roubarem o diamante é que é o problema, você vai ter que gritar: 'Roubaram o defunto, pega ladrão'!O preço desta alma translúcida oscila entre 2.800 e 10.600 euros, segundo o peso da pedra (de 0,25 a um quilate), o que, segundo Willy, vale a pena, já que um enterro completo custa, por exemplo, 12.000 euros na Alemanha.


Está vendo, a moda tem tudo para pegar, é até mais barato transformar o defunto em jóia!A indústria do 'diamante humano' está em plena expansão, com empresas instaladas na Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.A mobilidade da vida moderna é propícia para o setor, explica Willy, que destaca a dificuldade de se deslocar com uma urna funerária ou o melindre provocado por guardar as cinzas de um falecido na própria casa.


Quem quiser acessar o site e conhecer mais sobre a empresa é só visitar o site http://www.algordanza.org/

sexta-feira, 12 de junho de 2009

RG-254


O post de hoje vai relembrar o fatídico voo RG-254, comandado pelo famoso Comandante Garcêz. Já são quase 20 anos. Para entender o que aconteceu, temos que voltar ao dia 3 de setembro de 1989. Já eram quase seis da tarde, quando 48 passageiros embarcaram no Boeing 737-200 da Varig, prefixo PP-VMK. De Marabá, no sul do Pará, eles teriam como destino final, Belém, última etapa de um interminável pinga-pinga que começou em São Paulo, por volta das 9 da manhã, e que passara por Uberaba, Goiânia, Brasília e Imperatriz.


Em geral, não se gastam mais do que 38 minutos entre a decolagem em Marabá, e o pouso em Belém. Havendo algum percalço, a viagem pode durar 45 minutos. Para os 48 passageiros do vôo 254, naquela tarde-noite, a viagem duraria mais de três horas e acabaria com um mergulho na mata. Na decolagem de Marabá, o comandante, César Augusto PaduIa Garcez, na época com 32 anos, cometeu um erro grotesco em seu plano de navegação - para chegar a Belém, precisava dirigir o Boeing por uma rota de 27 graus ao norte de Marabá, mas, em vez disso, pilotou o avião no rumo 270 graus oeste, num caminho que, em linha reta, levaria o jato até a Cordilheira dos Andes e chegaria a La Paz.


Perdido na Amazônia, região do país famosa pelo buraco negro dos radares, o comandante fez uma viagem totalmente sem noção. Primeiro, informou aos passageiros de que deviam iniciar os preparativos para a aterrissagem em Belém - desistiu da idéia ao constatar que não conseguia enxergar as luzes da cidade. Mais tarde, preparou-se para pousar em Carajás, mas também passou longe do porto. Tentou, ainda, retornar para Marabá sem sucesso. Por fim, três horas depois da decolagem, quando não restava uma gota de combustível, o 737-200 da Varig mergulhou na floresta. No momento em que o avião parou, Garcez pensou que estivesse perto de Carajás, no Estado do Pará. Na verdade, encontrava-se na região de São José do Xingu (local perto de onde caiu o voo 1907 da Gol em 2006), lugarejo de Mato Grosso a 500 quilômetros de Carajás e a 1 000 de Belém, seu destino original.

Para os 48 passageiros e seis tripulantes, o desastre do RG 254 transformou-se num drama que se iniciou na noite de domingo, quando o avião caiu na selva, para só terminar na madrugada de quarta-feira seguinte - quando teve início a operação de resgate.

Dos 109 assentos do avião apenas sete permaneceram no lugar - os demais se soltaram, esmagando os passageiros.Nos dois dias que permaneceram abandonados na mata, os sobreviventes enfrentaram dificuldades - a comida e a água eram racionadas, não havia remédios e muitos deles limpavam os ferimentos com uísque e vodca.

É importante lembrar que, depois que o 737 deixou Marabá, houve tempo para que o piloto percebesse e evitasse o desfecho trágico.Vinte e três minutos após a decolagem, convencido de que tudo corria bem no voo 254, o comandante contatou Belém. "Estou pronto para iniciar a descida". No mesmo diálogo, conforme gravação da ''caixa preta'', Garcez avisou: "Não recebo 128,2 e não recebo informação do VOR". Esses foram os primeiros sinais que poderiam indicar que o voo estava com problemas.

O pouso foi bem-feito, o Boeing perdeu velocidade até chegar aos 210 km/h, caindo primeiro com a cauda e depois com o resto do corpo do avião, amenizando o impacto do choque com a selva. Entre os onze mortos, dois casos chamaram a atenção: José Antonio Nascimento, que foi jogado pelos ares, em direção à cabine do comandante - sua cabeça ficou encravada na porta, morrendo na hora, e Shikuo Fukuoka, que morreu asfixiado por uma valise que insistiu em carregar consigo. Nas demais mortes, a causa foi idêntica: com o impacto da queda, as cadeiras foram arrancadas do chão e atiradas sobre os passageiros.

Após o pouso forçado, as luzes da cabine se acenderam. Poucos passageiros estavam em condições de caminhar - a maioria estava embaixio de ferros retorcidos, feridos e cadáveres.
Com a ajuda de outros passageiros feridos sem gravidade, o engenheiro Epaminondas de Souza Chaves, um paraense de 36 anos, personagem vital na localização dos sobreviventes, forçou a porta traseira do avião e conseguiu abri-Ia. Ele estava quase na altura da copa de uma árvore, mas não pensou duas vezes: fixou-se sobre um ponto do chão e pulou. A queda de pouco mais de 2 metros de altura foi amortecida pela vegetação, e o sucesso da manobra levou os outros a fazerem o mesmo. "No avião os metais ainda rangiam contra a vegetação quando saí correndo", conta o engenheiro. "Outros dez sobreviventes correram comigo de mãos dadas pela mata por uns dez minutos. Temíamos uma explosão.", contou ã Veja na época.


Usando lanternas, a tripulação transportou os feridos que conseguiu mover sem grandes problemas e os acomodou no chão, do lado de fora da aeronave, sobre folhas de bananeira. Fazia muito frio na primeira noite. Os estoques de água mineral, refrigerantes e cerveja acabaram logo. Alguns poucos comprimidos de analgésicos e antibióticos do kit de primeiros socorros do avião foram distribuídos aos doentes e logo terminaram, os sanduíches estavam cobertos de sangue e foram abandonados. As pilhas das lanternas acabaram, anunciando que a noite de segunda para terça-feira seria às escuras. "Começamos a perder o ânimo, os doentes pioravam e os corpos começavam a exalar um cheiro insuportável", contou uma sobrevivente. Houve brigas entre pessoas que disputavam rem[edios e o resto da água que ainda estava disponível.

Antes do cair da tarde, Garcez encontrou um livro de sobrevivência na selva, leu alguns capítulos e o repassou para outros passageiros. A primeira providência recomendada era procurar água. Ao meio-dia de terça-feira, um jovem passageiro que também era garimpeiro se prontificou a procurar por água.Afonso Saraiva, um agrimensor, na época com 19 anos, andou algumas horas e voltou à clareira aberta pelo avião na queda. Ele tinha encontrado um riacho de águas cristalinas, deu para encher duas garrafas e chegava ao grupo de sobreviventes exibindo seus ''troféus''.

O engenheiro Epaminondas reuniu um grupo de voluntários e embrenhara-se na selva em busca de ajuda, armado apenas com uma sacola de alimentos, um canivete e dois sinalizadores. A missão de Epaminondas fora bem-sucedida. "Andamos alguns quilômetros, e a mata acabou transformando-se num pasto", conta ele ã Veja. "Fiquei alegre, pois onde tem boi tem gente."


Depois de alguns quilômetros pelo pasto, Epaminondas e os voluntários encontraram dois vaqueiros. Era ainda manhã quando Epaminondas e seus quatro companheiros, entre eles Antonio Farias de Oliveira, de 36 anos, gerente de uma avícola em Imperatriz, Maranhão, chegaram à sede da Fazenda Curumaré. Logo depois, um dos vaqueiros da fazenda partia para uma propriedade onde havia um radioamador. "Mandei o vaqueiro ir voando, pois tinha gente morrendo e precisando de socorro no avião". O vaqueiro retornou e contou que ninguém estava acreditando na história de sobreviventes. Epaminondas teve que ir até o radio-amador e transmitiu a mensagem para os quatro cantos do país. Alguns radioamadores passaram a contatar a Infraero, mas ouviam, em resposta, que era preciso fornecer mais detalhes para confirmar a história. "Passei a repetir o número de meu bilhete aéreo com quinze dígitos para todo mundo. Falei esse número umas 800 vezes, até que alguém acreditou", disse Epaminondas.

Teoricamente seria possível saber onde estava o avião antes mesmo que o sol nascesse na segunda-feira - ou seja, os feridos poderiam ter sido resgatados pelo menos quarenta horas antes do que efetivamente ocorreu. Mas a velocidade do socorro esbarrou na lentidão e no desinteresse dos burocratas. A Infraero e o Inpe só conseguiram manter uma conversação produtiva na segunda-feira (dia 04), pois no domingo não havia quem pudesse interpretar os dados do satélite.


Últimos trechos extraídos da caixa preta:

Comandante Garcez : - Senhoras e Senhores , é o comandante quem vos fala. Tivemos uma pane de desorientação dos nossos sistemas de bússola. Estamos com o nosso combustível já no final ainda com 15 minutos. Pedimos a todos que mantenham a calma porque uma situação como essa é difícil de acontecer.Deixamos a todos com a esperança de que isso não passe de apenas um susto para todos nós. Pela atenção muito obrigado e que todos tenham um bom final.

Piloto em terra: – O Garcez , você não conseguiu ir pra Belém por quê?

Comandante Garcez : - Não , é que eu não tinha a indicação de Belém , a bússola tava com outra proa e a gente foi ..ficou andando entre Belém e Marabá e não conseguiu chegar a lugar nenhum agora ta indo para Marabá e não tem mais combustível pra ir pra lugar nenhum , entendeu?

Comandante Garcez : - O motor 1 acabou de parar...A gente vai ter que descer agora...Eu não vou poder falar que a gente vai se preparar para o pouso , ok? Atenção tripulação , preparar para o pouso forçado.

Ao todo 13 pessoas morreram num dos mais toscos acidentes aéreos da história. Um mês depois do acidente, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica, CENIPA, recomendou a Varig usar apenas 3 dígitos no campo de curso magnético de seus planos de vôo, reconhecendo que os 4 algarismos, 0270, foram, tanto quanto a negligência de Garcez, responsáveis pela tragédia do vôo 254.













segunda-feira, 1 de junho de 2009

SPAM


Antes de ser uma mensagem indesejada, o Spam (abreviação de '''Spiced ham'', que significa presunto condimentado) era uma marca de presunto enlatado. Foi aí que o grande Monty Python montou um sketch em que um casal discute com uma garçonete em um restaurante a respeito da quantidade de SPAM presente nos pratos. Enquanto o casal pergunta por um prato que não contenha a carne enlatada, a garçonete repete constantemente a palavra “SPAM” para indicar a quantidade. Eventualmente, a discussão faz com que um grupo de vikings presente no restaurante comece a cantar de maneira operática “SPAM, amado SPAM, glorioso SPAM, maravilhoso SPAM!”, impossibilitando qualquer conversa.


Hoje em Londres, a peça SPAMALOT, baseada nesse sketch e no filme ''Monty Python e o Cálice Sagrado'' é um sucesso.


Em tempo, esse SPAM está pros ingleses como o kitut de boi Swift está para nós brazucas.


Quem quiser conferir no You Tube o link para o vídeo é http://www.youtube.com/watch?v=anwy2MPT5RE

domingo, 24 de maio de 2009

Ciao Maldini


No futebol atual é fato raro um jogador só ter tido um único clube em toda a carreira. Uma dessas exceções é o italiano Paolo Maldini. Hoje, Maldini pendura as chuteiras e vira história no AC Milan. Filho de Cesare Maldini, também ex-jogador do rossoneri, Maldini iniciou sua trajetória no calcio em 20/01/1985 contra a Udinese, lançado pelo técnico sueco Nils Liedholm. Na época tinha 17 anos.

Pelo Milan, Maldini disputou 901 jogos, conquistando, na Itália, o scudetto sete vezes (1987/88, 1991/92, 1992/93, 1993/94, 1995/96, 1998/99 e 2003/04), a copa da Itália uma vez (2002/2003) e a Supercopa italiana por cinco vez (1988, 1992, 1993, 1994, 2004). No plano internacional, o craque faturou a Liga dos Campeões em cinco oportunidades (1988/89, 1989/90, 1993/94, 2002/03, 2006/07), o Mundial Interclubes em três ocasiões (1989, 1990, 2007) e Supercopa européia em outras cinco (1989, 1990, 1994, 2003, 2007). Os únicos títulos que faltaram nesse impressionante cartel foram o da Copa da Uefa (segundo torneio mais importante do continente e que, no ano que vem, passará a chamar-se Liga da Europa) e o da Recopa (torneio que deixou de ser disputado em 1999).

Pela Azzura, Maldini disputou 126 partidas e não ganhou nenhum torneio de destaque. Paolo disputou por três vezes a Eurocopa, em 1988, 1996 e 2000, tendo sido vice-campeão nesta última. Representou a Squadra Azzurra em quatro edições da Copa do Mundo, nos anos de 1990, onde foi terceiro colocado; 1994, com o vice-camponato; 1998, onde foi treinado por seu pai; e 2002, quando, após a eliminação italiana (com ajuda da arbitragem, contra os sul-coreanos), retirou-se da Seleção. Recebeu um convite para voltar três ano depois, em 2005, podendo até ter disputado a Copa do Mundo de 2006, mas não aceitou, pois isso lhe tiraria tempo de descanso em datas FIFA e em pré-temporadas, tempos necessarios a sua recuperação e manutenção física, devido à sua idade, considerada elevada ao futebol profissional.

Na sua despedida em San Siro, o Milan foi derrotado pela Roma por 3x2, em jogo válido pela penúltima rodada da Série A. O Milan entrou de camisa nova com homenagem ao ídolo e a torcida rubro-negra exibia faixas com o nome do zagueiro. Os torcedores ganharam cachecol com o nome do ídolo e fizeram bela festa nas arquibancadas do San Siro. Todos os jogadores usaram um distintivo com número 3 no lado direito do peito em referência a Maldini.

Aliás a camisa 3 está, temporariamente, aposentada. A única chance dela voltar a ser usada no Milan é se um de seus filhos se profissionalizar no clube. Só para constar, seu filho Cristhian, já treina nas categorias de base do clube.

Curiosidades:



  • Possui pelo menos dois grandes recordes: é o jogador que mais temporadas disputou na Serie A com a mesma equipe, com vinte e seis campeonatos consecutivos e, foi o jogador a marcar o gol mais rápido em uma final de Liga dos Campeões, aos cinquenta e um segundos de jogo, frente ao Liverpool, em 2005 (O Milan abriu 3x0 mas os ingleses empataram e venceram nos penaltis).

  • Uma grande curiosidade da família Maldini é que dos sete títulos de campeão europeu conquistadas pelo Milan, as seis últimas foram conquistadas por Paolo, e a primeira por seu pai Cesare Maldini.

  • Na infância, era torcedor da Juventus, e admirava o futebol do atacante Roberto Bettega. Foi por insistência do pai, Cesare, que havia feito história na defesa do Milan, que Paolo foi para as categorias de base dos rossoneri e como defensor.Tendo iniciado a carreira como lateral-esquerdo, posteriormente Paolo deslocou-se para a função de líbero, a mesma que seu pai exercia.

Diante de toda essa bela página do futebol que acaba de ser escrita, só posso dizer


Ciao Capitano







sábado, 23 de maio de 2009

Alemanha


Há muito tempo atrás o Quededo me indagou sobre o nome Alemanha e suas várias denominações em muitas línguas.




Depois de procurar, achei algo que talvez esclareça essa dúvida.




O termo "Alemanha" deriva do francês Allemagne — terra dos alamanos — em referência a um povo bárbaro de nome homônimo, que vivia na atual região fronteiriça entre a França e a Alemanha, e que cruzou o Rio Reno e invadiu a Gália Romana durante o século V. O país também é conhecido pelo gentílico Germânia, que deriva do latim Germania — terra dos germanos (em inglês: Germany). Os italianos chamam a Alemanha de Germânia. É uma exceção entre os países de língua latina, já que em espanhol é Alemania.



Durante a maior parte da sua história, a área atual da Alemanha foi o território de vários pequenos reinos, dos quais a maioria pertencera ao famoso Sacro Império Romano Germânico. Apenas a partir de 1871, com a supremacia do reino da Prússia e a criação do Império Alemão, que o país veio a tornar-se, de fato, uma nação unificada. Logo após o término da Primeira Guerra Mundial, uma república foi instalada e o nome do país passou a designar-se República de Weimar.




Após a rendição na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em 4 setores de ocupação pelos Aliados e, em 1949, dividida em dois diferentes países: Alemanha Ocidental (Bundesrepublik Deutschland), de cunho capitalista, e Alemanha Oriental (Deutsche Demokratische Republik), esta socialista. A reunificação se deu em 3 de outubro de 1990.




A Alemanha é a maior economia da Europa ,o terceiro maior PIB nominal e o quinto em PIB PPC. Desde a revolução industrial o país tem sido criador, inovador e beneficiário de uma economia globalizada. A exportação de bens produzidos na Alemanha é um dos principais fatores da riqueza alemã. A Alemanha é maior exportador mundial com U$1,13 trilhão exportado em 2006, tendo naquele ano um superávit comercial de €165 bilhões. O setor de serviços contribui com 70% do PIB, a indústria 29,1% e a agricultura 0,9%. A maioria dos produtos alemães são em engenharia, especialmente automóveis, máquinas, metais, e produtos químicos. A Alemanha é o maior produtor de turbinas eólicas e tecnologia de energia solar do mundo. As maiores feiras internacionais comerciais são realizadas todos os anos em cidades alemãs como Hannover, Frankfurt e Berlim.




Após a reunificação alemã em 1990, o padrão de vida e a renda anual permaneceram maiores nos antigos estados da Alemanha Ocidental. A modernização e integração da Alemanha Oriental continua sendo um processo longo e programado para 2019, com transferências anuais do oeste para o leste de U$ 80 bilhões. A taxa de desemprego tem caído desde 2005 e alcançou o menor nível em 15 anos em junho de 2008, com 7,5%. Mas ele é desigual ao longo da Alemanha, de 6,2% na antiga Alemanha Ocidental à 12,7% na antiga Alemanha Oriental. Os sistemas de Segurança Social são bastante desenvolvidos e têm uma longa tradição, que remonta ao governo de Bismarck, na época do Império Alemão, no fim do século XIX.


No futebol, com mais de 6,3 milhões de membros oficiais, a Federação Alemã de Futebol (Deutscher Fußball-Bund) é a maior organização desportiva de seu tipo no mundo.A Bundesliga atrai a segunda maior média de público de qualquer liga desportiva profissional no mundo. A seleção nacional de futebol alemã venceu a Copa do Mundo da FIFA em 1954, 1974 e 1990 (foi vice em 1966, 1982, 1986 e 2002), e o Campeonato Europeu de Futebol (Eurocopa) em 1972, 1980 e 1996. O país também sediou a Copa do Mundo da FIFA em 1974 e 2006, e o Campeonato Europeu de Futebol em 1988. Entre os mais bem sucedidos e renomados futebolistas estão Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Jürgen Klinsmann, Lothar Matthäus, e Oliver Kahn. Outros esportes populares incluem handebol, voleibol, basquetebol, hóquei no gelo, e tênis.







sexta-feira, 15 de maio de 2009

Não se sinta só!


Você está aniquilado?

Sente-se sozinho e abandonado?

Está convencido de que ninguém se interessa por você?

Acredita que ninguém está dando a mínima para o fim do seu casamento e pouco se importa pelo seu divórcio?

Você pensa que ninguém repara nos seus sucessos ou nos seus fracassos, ou que sua vida e/ou sua morte nada significam para os outros?

Você está errado!


Existe alguém que se interessa MUITO por você, e acompanha todos os seus passos.





Mesmo que todos lhe tenham abandonado,a RECEITA FEDERAL continuará pensando em você!!!

domingo, 26 de abril de 2009

Chernobil


O acidente nuclear de Chernobil (Tjernobyl ou Tschernobyl) ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (na então União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido.

Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas. Cerca de 60% de radioatividade caiu em território bielorrusso.

O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por câncer, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da ONU de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com câncer da tireóide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.


O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países.


A Instalação
A usina de Chernobil está situada no assentamento de Pripyat, Ucrânia, 18 quilômetros a noroeste da cidade de Chernobil, 16 quilômetros da fronteira com a Bielorrússia, e cerca de 110 quilômetros ao norte de Kiev. A usina era composta por quatro reatores, cada um capaz de produzir um gigawatt de energia elétrica (3,2 gigawatts de energia térmica). Em conjunto, os quatro reatores produziam cerca de 10% da energia elétrica utilizada pela Ucrânia na época do acidente. A construção da instalação começou na década de 1970, com o reator nº 1 comissionado em 1977, seguido pelo nº 2 (1978), nº 3 (1981), e nº 4 (1983). Dois reatores adicionais (nº 5 e nº 6, também capazes de produzir um gigawatt cada) estavam em construção na época do acidente.
As quatro instalações eram projetadas com um tipo de reator chamado RBMK-1000.

O Acidente

Sábado, 26 de abril de 1986, à 1:23:58 a.m. hora local, o quarto reator da usina de Chernobil - conhecido como Chernobil-4 - sofreu uma catastrófica explosão de vapor que resultou em incêndio e numa série de explosões adicionais.

Causas Prováveis

Há duas teorias oficiais, mas contraditórias, sobre a causa do acidente. A primeira foi publicada em agosto de 1986, e atribuiu a culpa, exclusivamente, aos operadores da usina. A segunda teoria foi publicada em 1991 e atribuiu o acidente a defeitos no projeto do reator RBMK, especificamente nas hastes de controle. Ambas teorias foram fortemente apoiadas por diferentes grupos, inclusive os projetistas dos reatores, pessoal da usina de Chernobil, e o governo. Alguns especialistas independentes agora acreditam que nenhuma teoria estava completamente certa.

Outro importante fator que contribuiu com o acidente foi o fato que os operadores não estavam informados sobre certos problemas do reator. De acordo com um deles, Anatoli Dyatlov, o projetista sabia que o reator era perigoso em algumas condições, mas intencionalmente omitiu esta informação. Isto contribuiu para o acidente, uma vez que a gerência da instalação era composta em grande parte de pessoal não qualificado em RBMK: o diretor, V.P. Bryukhanov, tinha experiência e treinamento em usina termo-elétrica a carvão. Seu engenheiro chefe, Nikolai Fomin, também veio de uma usina convencional. O próprio Anatoli Dyatlov, ex-engenheiro chefe dos Reatores 3 e 4, somente tinha "alguma experiência com pequenos reatores nucleares".
Somente no dia 12 de dezembro de 2000, depois de várias negociações internacionais, a usina de Chernobil foi desativada.

É sempre válido lembrar dos perigos e efeitos da energia nuclear. O Brasil pretende continuar
com o projeto de usinas nucleares, portanto, fica o alerta dos cuidados com a segurança e do pessoal extremamente qualificado que devem estar envolvidos no programa.



sábado, 4 de abril de 2009

15 anos sem Kurt.


Neste domingo, 5 de abril, marca-se 15 anos da morte de Kurt Cobain. O cantor, guitarrista, compositor e líder do Nirvana, que havia se tornado ícone do rock dos anos 90 desde o sucesso mundial do disco "Nevermind", em 1991, atingiu o olimpo do rock, se tornando imortal para a cultura popular depois de suicidar-se com um tiro em sua casa, em Seattle.


O Nirvana, ao lançar "Nevermind", apagou a linha que dividia o rock alternativo daquele promovido pelo mercado -separação que se intensificou ao longo dos anos 80, depois da cisão promovida pelo punk no final dos anos 70.


Kurt Donald Cobain, nascido no dia 20 de fevereiro de 1967 em Aberdeen, estado de Washington (o mesmo de Seattle), foi dado como desaparecido no dia 4 de abril de 1994. Ele havia sido internado na Califórnia, poucos dias antes, em coma depois de uma overdose -uma semana após o último show do Nirvana, em Munique, na Alemanha.


Cobain foi encontrado pela polícia em 8 de abril, três dias após sua morte, na estufa localizada no andar acima da garagem. Uma carta de suicídio foi achada no topo de uma montanha de terra --o bilhete estava atravessado pela caneta vermelha com que fora escrito."O fato é que eu não posso enganar vocês, ou qualquer um, simplesmente não é justo para mim nem para vocês. O pior crime que eu posso pensar seria o de enganar as pessoas ao fingir que estou me divertindo 100%", escreveu Cobain em seu bilhete suicida.


Vale a pena escutar Bleach, primeiro album da banda, o clássico Nevermind o acústico MTV.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A Queda de Abramovich


A crise financeira mundial atingiu em cheio o bilionário russo Roman Abramovich. O dono do Chelsea caiu da primeira para a terceira posição no ranking anual dos mais ricos do futebol inglês.

O dono do Manchester City, o xeque Mansur bin Zayed al-Nahyan, arrebatou de Abramovich, o título de homem mais rico do futebol britânico, segundo a "lista de fortunas" publicada nesta quarta-feira.Essa relação, elaborada pela publicação FourFourTwo, estima a fortuna pessoal do xeque de Abu Dhabi em 15 bilhões de libras, o que o coloca à frente do indiano Lakshmi Mittal (12,5 bilhões), proprietário de parte do Queen's Park Rangers.Abramovich ocupa agora o terceiro lugar na lista dos mais ricos, estimando-se que sua fortuna caiu de 10 bilhões para 7 (sete) bilhões de libras devido à crise econômica. O popstar David Beckham continua sendo o "jogador" inglês mais rico, com uma fortuna pessoal de 125 milhões de libras, muito superior a de Michael Owen (40 milhões de libras) e de Wayne Rooney (35 milhões).