domingo, 24 de maio de 2009

Ciao Maldini


No futebol atual é fato raro um jogador só ter tido um único clube em toda a carreira. Uma dessas exceções é o italiano Paolo Maldini. Hoje, Maldini pendura as chuteiras e vira história no AC Milan. Filho de Cesare Maldini, também ex-jogador do rossoneri, Maldini iniciou sua trajetória no calcio em 20/01/1985 contra a Udinese, lançado pelo técnico sueco Nils Liedholm. Na época tinha 17 anos.

Pelo Milan, Maldini disputou 901 jogos, conquistando, na Itália, o scudetto sete vezes (1987/88, 1991/92, 1992/93, 1993/94, 1995/96, 1998/99 e 2003/04), a copa da Itália uma vez (2002/2003) e a Supercopa italiana por cinco vez (1988, 1992, 1993, 1994, 2004). No plano internacional, o craque faturou a Liga dos Campeões em cinco oportunidades (1988/89, 1989/90, 1993/94, 2002/03, 2006/07), o Mundial Interclubes em três ocasiões (1989, 1990, 2007) e Supercopa européia em outras cinco (1989, 1990, 1994, 2003, 2007). Os únicos títulos que faltaram nesse impressionante cartel foram o da Copa da Uefa (segundo torneio mais importante do continente e que, no ano que vem, passará a chamar-se Liga da Europa) e o da Recopa (torneio que deixou de ser disputado em 1999).

Pela Azzura, Maldini disputou 126 partidas e não ganhou nenhum torneio de destaque. Paolo disputou por três vezes a Eurocopa, em 1988, 1996 e 2000, tendo sido vice-campeão nesta última. Representou a Squadra Azzurra em quatro edições da Copa do Mundo, nos anos de 1990, onde foi terceiro colocado; 1994, com o vice-camponato; 1998, onde foi treinado por seu pai; e 2002, quando, após a eliminação italiana (com ajuda da arbitragem, contra os sul-coreanos), retirou-se da Seleção. Recebeu um convite para voltar três ano depois, em 2005, podendo até ter disputado a Copa do Mundo de 2006, mas não aceitou, pois isso lhe tiraria tempo de descanso em datas FIFA e em pré-temporadas, tempos necessarios a sua recuperação e manutenção física, devido à sua idade, considerada elevada ao futebol profissional.

Na sua despedida em San Siro, o Milan foi derrotado pela Roma por 3x2, em jogo válido pela penúltima rodada da Série A. O Milan entrou de camisa nova com homenagem ao ídolo e a torcida rubro-negra exibia faixas com o nome do zagueiro. Os torcedores ganharam cachecol com o nome do ídolo e fizeram bela festa nas arquibancadas do San Siro. Todos os jogadores usaram um distintivo com número 3 no lado direito do peito em referência a Maldini.

Aliás a camisa 3 está, temporariamente, aposentada. A única chance dela voltar a ser usada no Milan é se um de seus filhos se profissionalizar no clube. Só para constar, seu filho Cristhian, já treina nas categorias de base do clube.

Curiosidades:



  • Possui pelo menos dois grandes recordes: é o jogador que mais temporadas disputou na Serie A com a mesma equipe, com vinte e seis campeonatos consecutivos e, foi o jogador a marcar o gol mais rápido em uma final de Liga dos Campeões, aos cinquenta e um segundos de jogo, frente ao Liverpool, em 2005 (O Milan abriu 3x0 mas os ingleses empataram e venceram nos penaltis).

  • Uma grande curiosidade da família Maldini é que dos sete títulos de campeão europeu conquistadas pelo Milan, as seis últimas foram conquistadas por Paolo, e a primeira por seu pai Cesare Maldini.

  • Na infância, era torcedor da Juventus, e admirava o futebol do atacante Roberto Bettega. Foi por insistência do pai, Cesare, que havia feito história na defesa do Milan, que Paolo foi para as categorias de base dos rossoneri e como defensor.Tendo iniciado a carreira como lateral-esquerdo, posteriormente Paolo deslocou-se para a função de líbero, a mesma que seu pai exercia.

Diante de toda essa bela página do futebol que acaba de ser escrita, só posso dizer


Ciao Capitano







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