Parece um contrasenso ou até mesmo mórbido iniciar um blog com um obituário, mas não poderia perder a oportunidade de comentar sobre Sir Edmund Hillary, primeiro homem a escalar o Everest, em 1953. Junto com Tenzig Nergay, o nepalês da etnia sherpa que o acompanhava , Sir Edmund (na fato ao lado, junto com Tenzig), na época um apicultor de 33 anos, conquistava o topo e escrevia o seu nome na história.
No dia 29 de maio de 1953 os dois completavam a escalada dando tempo de transmitir a notícia para Londres antes da coroação de Elizabeth II. Não precisa nem dizer que o mundo recebeu a notícia com incredulidade. "Tudo isso e mais o Everest" eram as manchetes dos principais jornais na manhã da coroação.
Após retornar do topo do monte, o modesto alpinista recebeu o companheiro de expedição George Lowe com as seguintes palavras: "Bem, George, nós nocauteamos o bastardo". Mas as aventuras de Sir Edmund não ficaram restritas apenas ao Everest. Anos depois ele liderou expedições ao Pólo Sul e à foz do Yangtsé, cimentando sua reputação como um dos maiores aventureiros do século XX.
Esse neozalandês devotou muito da sua vida auxiliando o povo que vive nas montanhas do Nepal e não se deixou levar pela fama, preferindo que fosse chamado apenas Ed e considerando-se apenas um simples apicultor.
Apesar dos seus feitos, sua vida foi marcada pela simplicidade. Era tão humilde que apenas admitiu ter sido o primeiro a escalar o Everest após a morte de Tenzing.
Nascido Edmund Percival Hillary em Auckland, em 20 de julho de 1919, iniciou-se no alpinismo ainda na adolescência, obtendo a sua primeira subida significativa em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial foi navegador da força aérea de seu país. Participou de uma fracassada expedição neozelandesa ao Everest em 1951 antes de fazer parte da bem sucedida expedição britânica em 1953. Escalou outros dez picos do Himalaia em visitas posteriores entre 1956 e 1965.
Foi nomeado cavaleiro da Ordem do Império Britânico em 16 de julho de 1953, membro da Ordem da Nova Zelândia em 1987 e cavaleiro da Ordem da Jarreteria em 1995.
Hillary devotou muito de sua vida para ajudar o povo do Nepal através do Himalayan Trust que ele fundou. Devido a seus esforços conseguiu construir vários hospitais e escolas nessa remota região do Himalaia. Em 1975, enquanto trabalhava na construção de uma dessas obras em Paphlu foi informado que o avião que trazia sua esposa e filha de Kathmandu se chocara, matando-as.
Essa tragédia o fez se concentrar ainda mais em ajudar na infra-estrutura e bem-estar da população do Himalaia. Foi também presidente honorário da American Himalayan Foundation, uma sociedade sem fins lucrativos norte-americana que contribui com a melhora nas condições de vida e ambientais do Himalaia.
Em 1989 casou-se novamente e passou a se envolver em projetos ambientais.Suas obras beneficentes foram responsaveis pela construção de vinte e cinco escolas, dois hospitais e doze clínicas médicas, além de pontes, campos de pouso para pequenos aviões e a reforma de templos budistas e centro culturais. Como se não bastasse, ainda foi responsável pela plantação de mais de mil mudas de plantas no Parque Nacional de Sagarmatha.
Retornou â montanha em 2003 para as comemorações dos cinquenta anos da sua primeira escalada e ficou abismado com a maneira que o Everest se tornou uma atração turística. Na ocasião pediu o "fechamento temporário" do monte para que o mesmo tivesse um descanso."Eu gosto de pensar no Everest como o maior desafio do montanhismo e fico triste quando percebo que pessoas só usam a escalada como forma de se promoverem".
Edmund Hillary faleceu em 11 de janeiro de 2008 em um hospital de Auckland, na Nova Zelândia, aos 88 anos de idade. Ele deixa um filho e uma filha do primeiro casamento.
Descanse em paz Sir Edward.
Ps: Quem quiser conhecer mais sobre os desafios do Everest uma boa dica de livro é A morada dos deuses, Carlos Tramontina, Sá Editora, São Paulo, 2004.
No dia 29 de maio de 1953 os dois completavam a escalada dando tempo de transmitir a notícia para Londres antes da coroação de Elizabeth II. Não precisa nem dizer que o mundo recebeu a notícia com incredulidade. "Tudo isso e mais o Everest" eram as manchetes dos principais jornais na manhã da coroação.
Após retornar do topo do monte, o modesto alpinista recebeu o companheiro de expedição George Lowe com as seguintes palavras: "Bem, George, nós nocauteamos o bastardo". Mas as aventuras de Sir Edmund não ficaram restritas apenas ao Everest. Anos depois ele liderou expedições ao Pólo Sul e à foz do Yangtsé, cimentando sua reputação como um dos maiores aventureiros do século XX.
Esse neozalandês devotou muito da sua vida auxiliando o povo que vive nas montanhas do Nepal e não se deixou levar pela fama, preferindo que fosse chamado apenas Ed e considerando-se apenas um simples apicultor.
Apesar dos seus feitos, sua vida foi marcada pela simplicidade. Era tão humilde que apenas admitiu ter sido o primeiro a escalar o Everest após a morte de Tenzing.
Nascido Edmund Percival Hillary em Auckland, em 20 de julho de 1919, iniciou-se no alpinismo ainda na adolescência, obtendo a sua primeira subida significativa em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial foi navegador da força aérea de seu país. Participou de uma fracassada expedição neozelandesa ao Everest em 1951 antes de fazer parte da bem sucedida expedição britânica em 1953. Escalou outros dez picos do Himalaia em visitas posteriores entre 1956 e 1965.
Foi nomeado cavaleiro da Ordem do Império Britânico em 16 de julho de 1953, membro da Ordem da Nova Zelândia em 1987 e cavaleiro da Ordem da Jarreteria em 1995.
Hillary devotou muito de sua vida para ajudar o povo do Nepal através do Himalayan Trust que ele fundou. Devido a seus esforços conseguiu construir vários hospitais e escolas nessa remota região do Himalaia. Em 1975, enquanto trabalhava na construção de uma dessas obras em Paphlu foi informado que o avião que trazia sua esposa e filha de Kathmandu se chocara, matando-as.
Essa tragédia o fez se concentrar ainda mais em ajudar na infra-estrutura e bem-estar da população do Himalaia. Foi também presidente honorário da American Himalayan Foundation, uma sociedade sem fins lucrativos norte-americana que contribui com a melhora nas condições de vida e ambientais do Himalaia.
Em 1989 casou-se novamente e passou a se envolver em projetos ambientais.Suas obras beneficentes foram responsaveis pela construção de vinte e cinco escolas, dois hospitais e doze clínicas médicas, além de pontes, campos de pouso para pequenos aviões e a reforma de templos budistas e centro culturais. Como se não bastasse, ainda foi responsável pela plantação de mais de mil mudas de plantas no Parque Nacional de Sagarmatha.
Retornou â montanha em 2003 para as comemorações dos cinquenta anos da sua primeira escalada e ficou abismado com a maneira que o Everest se tornou uma atração turística. Na ocasião pediu o "fechamento temporário" do monte para que o mesmo tivesse um descanso."Eu gosto de pensar no Everest como o maior desafio do montanhismo e fico triste quando percebo que pessoas só usam a escalada como forma de se promoverem".
Edmund Hillary faleceu em 11 de janeiro de 2008 em um hospital de Auckland, na Nova Zelândia, aos 88 anos de idade. Ele deixa um filho e uma filha do primeiro casamento.
Descanse em paz Sir Edward.
Ps: Quem quiser conhecer mais sobre os desafios do Everest uma boa dica de livro é A morada dos deuses, Carlos Tramontina, Sá Editora, São Paulo, 2004.
2 comentários:
Eletrizante !!!!
É de extrema importância para a comunidade internacional e vista com bons olhos pela eclesiástica a participação do JH na grande rede. Agora contamos com um canal direto entre os dois continentes, entre o velho e o novo mundo.
Agradecemos como fiéis Brasileiros e Baianos que Deus pai entendeu de dar a primazia, primeira missa e toda magia, Primeiro carnaval, primeiro pelourinho também Que Deus deu...
Cristo
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