Segundo o The Times, tudo indica que Sir Mick Jagger e os Rolling Stones deverão seguir os passos de Sir Paul McCartney e do Radiohead e vazar da EMI, a gravadora britânica que vai mal das pernas.
A provável saída da banda de rock mais bem sucedida da história será mais um duro golpe na credibilidade do novo dono da gravadora, o fundo de investimento Terra Firma, chefiado por Guy Hands, que está tendo problemas em reduzir os custos em meio a uma quebra de braço com artistas. Jagger e Hands se reuniram para discutir a renovação de contrato mas não chegaram a um denominador comum.
O Terra Firma comprou a EMI no ano passado por mais de 2 bilhões de libras. Desde então a gravadora viu a debandada do Radiohead, após briga por dinheiro e controle criativo. Thom York, líder do grupo, chegou a dizer que a banda "foi forçada a fazer o sinal da cruz e vazar". Já McCartney, ao dar o fora, descreveu a companhia como "muito chata".
Robbie Williams, um dos artistas da EMI que mais vende, disse na semana que passada que se recusa a entregar o novo trabalho e acusou Hands de comportar-se como um "latifundiário".
Os Rolling Stones tem um contrato valendo 14 milhões de libras que expira em Maio. A maior rival da EMI, a Universal saiu na pole-position e já é a favorita para levar os vovôs do rock pro seu cast após ganhar os direitos para distribuir um cd ao vivo com os Stones. Na verdade trata-se de um cd que acompanhará o filme Shine a Light, de Martin Scorsese, no qual o grupo é filmado tocando ao vivo em dois shows no Beacon Theatre, em Nova York.
Jagger é reconhecidamente um homem de negócios bem-sucedido. Ele licenciou o hit Start Me Up para a campanha do Windows 95 faturando 6 milhões de libras. Mas o que dá dinheiro são as turnês. A mais recente Bigger Bang, que passou pelo Brasil, levando mais de 1 milhão de pessoas para Copacabana, gerou a renda recorde de 437 milhões de dólares somente com a venda de ingresssos, sem contar o merchandising.
Fontes próximas à negociação afirmam que a banda não se sente confortável na EMI. A empresa deverá demitir mais de 2000 funcionários conforme o programa de reestruturação. O selo espera chegar a um acordo até o último minuto.
A saída da banda será ainda mais dolorosa pois, embora sexagenários, os Rolling Stones são realmente fazedores de dinheiro, gerando mais de 3 milhões de libras por ano para a gravadora.
Confirmada a ida para a Universal, esta irá reunir o catálogo da banda. Isso porque durante os anos 60, os Stones eram da Decca, parcialmente controlada pela Universal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário