‘’Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade’’.
Esses versos da canção Grândola, vila
morena de autoria de Zeca Afonso, foram a senha para o início do movimento que
posteriormente ficaria conhecido como a Revolução dos Cravos, que ocorreu há
exatos 40 anos.
Antecedentes
Em 1926, um golpe militar institui a
ditadura no país. Em 1933, Antônio de Oliveira Salazar assume o poder e
institui o Estado Novo. Salazar governaria até 1968, quando sofreu uma queda e
ficou incapacitado para governado. Em seu lugar assumiu Marcelo Caetano, que
seria deposto pela revolução de 25 de abril de 1974.
O esgotamento do regime ditatorial
ocorreu principalmente devido à crise econômica, principalmente em virtude da
insistência em manter as colônias africanas, cujos movimentos em prol da independência
consumiam o orçamento público e provocavam insatisfações nas forças armadas.
Em 1973, os militares já começaram a
dar indícios de que preparariam um golpe de estado. Em março do ano seguinte,
decidiu-se pelo uso da força para a derrubada do governo.
No dia 24 de abril, no Quartel da
Pontinha, era instalado o comando do movimento. Às 22h 55m é transmitida a
canção ''E depois do adeus'', de Paulo
de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa. Este é um dos
sinais previamente combinados pelos golpistas, que desencadeia a tomada de
posições da primeira fase do golpe de estado.
O cravo vermelho foi eternizado como símbolo da Revolução, Reza a lenda que
Celeste Caeiro, funcionária de um restaurante, iniciou a distribuição dos
cravos pelos populares que os ofereceram aos soldados, que os colocaram nos
canos dos fuzis.
Chico Buarque compôs a linda ‘’Tanto
Mar’’ em 1975 para homenagear a liberdade portuguesa, enquanto o Brasil ainda
vivia a sua ditadura, que só terminaria 10 anos depois.
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