sábado, 30 de novembro de 2013

Adeus Enciclopédia



O mundo do futebol perdeu, na última quarta-feira (27), Nílton Santos, considerado por muitos como o maior lateral-esquerdo da história. A ''Enciclopédia do Futebol'' como era conhecido morreu aos 88 anos, em decorrência de uma pneumonia. O grande lateral já vinha sofrendo de complicações de saúde, notadamente do Mal de Alzheimer.

Embora não tenha visto jogar, sempre o admirei pelo fato de simbolizar a era romântica do futebol. Época em que os jogadores jogavam simplesmente por amor à camisa que vestia. Nílton Santos só vestiu a camisa do Botafogo e da Seleção Brasileira. Pela equipe carioca disputou mais de 700 partidas, ganhando seis títulos. Pela seleção foi campeão mundial em 1958 e 1962, tendo ido às copas de 1950 e 1954.

Este ano revelou-se cruel para os grandes craques campeões mundiais pela seleção canarinho. Perdemos, além da ''Enciclopédia'', Djalma Santos e Gylmar dos Santos Neves.

Existem inúmeras estórias sobre a ''Enciclopédia''. Muitas envolvem o grande Garrincha, de quem era compadre. Transcrevo uma contada pelo brilhante Armando Nogueira, um dos maiores cronistas desportivos deste país:

" Era um amistoso na Cidade do México: Botafogo x River Plate. Garrincha estava estraçalhando o beque Vairo. Nestor Rossi, o maestro da seleção argentina, chamou o lateral do River e aconselhou:
- Quer melhorar teu futebol? Então faz o seguinte: ''aquele ali é o Nílton Santos, beque esquerdo como você. Vai lá perto, disfarça e passa a mão na perna dele. Só isso. Passa a mão que naqueles pés está o futebol de todos os beques do mundo''.

'' Tu, em campo,
   parecia tantos,
   E no entanto,
   que encanto
   Eras um só,
  Nílton Santos ''

     (Armando Nogueira)

Descanse em paz Nilton Santos

  

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

45 anos do fim da Primavera de Praga


A Primavera de Praga de 1968 é o termo usado para o breve período de tempo, em que o governo da Tchecoslováquia, liderado por Alexander Dubcek aparentemente queria democratizar o país e diminuir o poder que Moscou tinha sobre assuntos da nação. A Primavera de Praga terminou com a invasão soviética, a remoção de Alexander Dubcek como líder do partido e o fim das reformas na Tchecoslováquia.

Os primeiros sinais de que nem tudo estava bem na Tchecoslováquia ocorreu em maio de 1966, quando houve queixas de que a União Soviética estava explorando as pessoas. Aos poucos as pessoas na Eslováquia começaram a reclamar que o governo de Praga estava impondo suas regras sobre os eslovacos e diminuindo a  autonomia local. A economia fraca agravaou a situação e nenhuma das reformas que foram introduzidas funcionou. Os trabalhadores permaneceram em condições precárias de habitação e viviam o mais básico dos estilos de vida. O mesmo ocorreu na Tchecoslováquia rural.

Em junho de 1967, houve crítica aberta à Antonin Novotný, líder do Partido, no Congresso da União dos Escritores. Em outubro de 1967, os estudantes protestaram contra Novotný e no início de 1968, ele foi substituído como primeiro-secretário do Partido por Alexander Dubcek. Embora não tivesse almejado a liderança do movimento anti-Novotný, havia entregue uma longa lista de queixas contra ele (Setembro de 1967), Dubcek era a escolha óbvia.

No dia 5 de abril 1968, Dubcek iniciou um programa de reformas que incluía emendas à Constituição da Checoslováquia, que trazia de volta ao País um grau de democracia política e uma maior liberdade pessoal.
Dubcek anunciou que o Partido Comunista checo continuaria a ser o partido predominante na Tchecoslováquia, mas que queria que os aspectos totalitários do partido fossem reduzidos. Membros do Partido Comunista da Tchecoslováquia tiveram o direito de contestar a política do partido em oposição à aceitação tradicional de toda a política do governo. Os membros do partido tinham agora o direito de agir "de acordo com sua consciência". A partir daí esse movimento de reformas ficaria conhecido como "Primavera de Praga", em que eram  anunciados também o fim da censura e o direito dos cidadãos checos para criticar o governo. Com a abertura, os jornais aproveitaram a oportunidade para produzir matérias contundentes sobre a incompetência do governo e a corrupção que nele imperava. O  péssimo estado da habitação para os trabalhadores tornou-se um tema muito comum.

Dubcek também anunciou que os agricultores poderiam formar cooperativas independentes ao invés de seguir as ordens provenientes de uma autoridade centralizadaAos sindicatos foi dada ampla liberdade para negociar com os seus membros.

Dubcek assegurou a Moscou que a Tchecoslováquia permaneceria no Pacto de Varsóvia e que eles não tinham nada para se preocupar no que diz respeito às reformas.  Não precisa nem dizer que essas palavras não tranquilizararam o líder soviético Brejnev e na madrugada entre o dia 20 e 21 de agosto de 1968  tropas do Pacto de Varsóvia invadiram a Tchecoslováquia para reafirmar a autoridade de Moscou. A maior parte destas tropas eram da União Soviética, mas também foram enviados contigentes poloneses, húngaros, búlgaros e da Alemanha Oriental.  

Ficou claro que os tchecos não tinham capacidade para resistir à a invasão e, apesr de tudo, não houve derramamento de sangue, em contraste com o levante húngaro de 1956.

As reformas de Dubcek foram abandonadas. Ele foi preso e enviado a Moscou. Pouco tempo depois retornou ao seu país ainda como primeiro-secretário do Partido. Na sequência, seguindo determinação do Kremlin, Dubcek anunciou a suspensão de todas as reformas e em abril de 1969, foi afastado do cargo.

A Primavera de Praga provou que a União Soviética não estava disposta ou sequer cogitava a saída de qualquer membro do Pacto de Varsóvia. Os tanques que ocuparam as ruas de Praga reafirmaram para o ocidente de que os povos do leste europeu eram oprimidos e não viviam em  democracia como na Europa Ocidental ao passo que para o Kremlin assegurou a manutenção do Pacto de Varsóvia, considerado vital para a sobrevivência do comunismo na Europa como um todo.

Após deixar o poder Dubcek foi membro do parlamento e embaixador na Turquia até ser expulso do partido em 1970. Depois disso virou burocrata e foi trabalhar no serviço florestal. Só voltaria a vida política com a eclosão da Revolução de Veludo em 1989 que trouxe fim ao comunismo no país e inspirou o leste europeu a se redemocratizar.


quarta-feira, 8 de maio de 2013

O fim de uma era






Na manhã de hoje o Manchester United anunciou a aposentadoria de Sir Alex Ferguson no cargo de manager da equipe. É o fim de uma era, o fim de um ciclo. No referido cargo desde 1986, Fergie como é conhecido no Reino Unido, é o maior vencedor do futebol inglês e um dos técnicos mais vitoriosos da história do esporte bretão. É bom que se diga que na Inglaterra, o manager equivale ao gerente de futebol. Só que lá, dentre outras tarefas, ele monta o time e o respectivo esquema tático, delega tarefas à comissão técnica e ao departamento médico, acompanha as divisões de base, e é o responsável direto pela compra, venda e troca de jogadores.

O que dizer desse escocês de 71 anos que praticamente conquistou todos os títulos possíveis, ficaram faltando uma copa do mundo e uma medalha olímpica, mas isso nunca foi uma obsessão.

Nascido em Glasgow no dia 31 de dezembro de 1941, Alexander Chapman Ferguson, estreou no futebol como atacante aos 16 anos pelo Queen´s Park, modesta equipe escocesa. Lá ficou até 1960, marcando 15 gols em 31 partidas. Curiosamente, Ferguson só jogou na Escócia, atuando de 1960 à1964 pelo St. Johnstone,  Dunfermline Athletic (1964-1967), Glasgow Rangers (1967-1969), Falkirk (1969-1973), encerrando a carreira no Ayr United (1973-1974). Como jogador, atuou em 317 partidas e marcou 170 vezes.

A carreira de manager começaria logo quando pendurou as chuteiras. Em 1974, aos 32 anos fazia seu debut no East Stirlingshire, clube pequeno que nem goleiro dispunha naquela ocasião, ganhando 40 libras por semana. Em outubro desse mesmo ano recebeu o convite do St. Mirren que, embora estivesse em uma má fase, possuía uma estrutura bem melhor. Lá ficaria até 1978, montando uma equipe competitiva e ganhando a segunda divisão escocesa em 1977. Curiosamente foi o único clube a ter demitido Ferguson, um dos motivos foi o pagamento por fora aos jogadores.

Em junho de 1978, Ferguson assumiu o Aberdeen. Embora fosse um dos grandes da Escócia, só havia conquistado o campeonato nacional uma única vez, em 1955. Rapidamente a equipe chegou até as semi-finais da Copa da Escócia e da Copa da Liga Escocesa, perdendo em ambas as oportunidades. Na temporada seguinte 1979-80, foi vice-campeão da Copa da Liga, feito recompensado com o título nacional, quebrando uma sequência de títulos de Celtic e Rangers que se reversavam na hegemonia. Com o fim do jejum do clube, Fergunson ganharia mais 2 títulos nacionais (1983-1984 e 1984-1985), além do tetra da Copa da Escócia (1982-1983-1984 e 1986). Porém a maior conquista do clube viria na temporada 1982-1983, na Recopa, após eliminar o poderoso Bayern Munique, a equipe chegaria à final e venceria outro todo poderoso, nada mais nada menos que o Real Madrid (2x1).

Os feitos no Aberdeen logo chamaram a atenção de outros clubes dentre eles o Rangers, Arsenal e Tottenham. Em 1984 foi nomeado cavalheiro da Ordem do Império Britânico (OBE) ganhando o título de Sir. No ano seguinte era membro da comissão técnica da seleção escocesa sob o comando de Jock Stein, que veio a falecer após o dramático empate com País de Gales em 1x1, que assegurou um play off contra a Austrália para decidir a última vaga para a Copa do Mundo de 1986. Stein era uma espécie de mentor para Ferguson que o substituiu na disputa no México. A Escócia acabou caindo no chamado ‘’grupo da morte’’, ao lado de Alemanha Ocidental, Dinamarca e Escócia. A campanha escocesa naquele certame foi de duas derrotas (0x1 Dinamarca e 1x2 Alemanha)  e um empate (0x0) com os uruguaios.

Em novembro de 1986, Ferguson acabou aceitando o convite do Manchester United para substituir Ron Atkison que havia sido demitido. Quando assumiu a equipe estava na 21º colocação. A estreia foi com uma derrota por 2x0 para o Oxford United. Rapidamente o técnico disciplinador afastou jogadores beberrões e focou na melhoria da preparação física. O Manchester United terminou na 11º posição na temporada 1986-1987.

O primeiro título foi a FA Cup (Copa da Inglaterra) na temporada 1989-90 ao vencer o Crystal Palace por 1x0, quando todos davam sua demissão como certa. Na temporada 1990-1991, após o vice da Copa da Liga Inglesa, ao perder a final para o Sheffield Wednesday por 1x0, veio o título da Recopa (que reunia os campeões das copas nacionais da Europa e que não existe mais) ao bater o Barcelona por 2x1. Porém os críticos cobravam pelo fim do jejum de mais de 20 anos sem o título do campeonato inglês e o pressionavam a cada chance perdida.

Na temporada de 1991-1992 o United ganharia a Copa da Liga e a Supercopa Inglesa. O futebol inglês sofreu uma reformulação e com ela veio a Premier League. Após um bom ínício, a chance de título foi para o espaço e os campeonato foi para o Leeds United. As coisas começariam a mudar para valer quando o francês Eric Cantona foi contratado para a temporada 1992-1993. Após 26 anos de jejum, o Manchester United conquistava o título inglês.

Na temporada seguinte, após perder a final da Copa da Liga para o Aston Villa por 3x1,  o United foi campeão da Premier League e da FA Cup, após massacrar o Chelsea na final por 4x0. Em 1996 revelou uma geração de jogadores que ficou famosa: os irmãos Gary e Phil Neville, Nick Butt, David Beckham e Paul Scholes. Mas o ápice viria em 1999 quando a equipe faturou o Treble ou a Tríplice Coroa (Liga, FA Cup e a Champions League, após uma virada nos minutos finais contra o Bayern Munique). Uma segunda Champions viria na temporada 2007-2008 após vencer o Chelsea nos penais.

Famoso pelo temperamento forte, Sir Ferguson coleciona desafetos e momentos de explosão que ficaram famosos. Sua constante intimidação aos árbitros e o esporro nos jogadores foram apelidados de Hairdryer Treatment (secador de cabelo, pelo barulho que faz). Em 2003 numa dessas explosões no vestiário Ferguson deu uma bicuda em uma chuteira que acertou o rosto de David Beckham resultando em alguns pontos no supercílio do jogador.

Pelo Manchester United, Ferguson é o recordista de partidas. Ao todo foram 1498, com 894 vitórias, 337 empates e 267 derrotas, com os Devils marcando 2.762 vezes e sofrendo 1.359. A última partida será a 1500º,  contra oWest Bromwich Albion, no dia 19 de maio.

Após o anúncio da aposentadoria as ações do Manchester United chegaram a cair 4, 05% na bolsa de Nova York. As casas de apostas já indicam os mais prováveis substitutos dentre eles o técnico do Everton, David Moyes (favorito até o momento), o polêmico José Mourinho e o assistente de Ferguson, Mike Phelan.

Por fim, aqui vai os 49 títulos conquistado por Sir Alex Ferguson:



ST MIRREN
Segunda Divisão Escocesa (1): 1976-77.


ABERDEEN

Campeonato Escocês (3): 1979-80, 1983-84, 1984-85.

Copa da Escócia (4): 1981-82, 1982-83, 1983-84, 1985-86.

Copa da Liga Escocesa (1): 1985-86.

Recopa (1): 1982-83.

Supercopa Européia(1): 1983.

MANCHESTER UNITED

Premier League (13): 1992-93, 1993-94, 1995-96, 1996-97, 1998-99, 1999-2000, 2000-01, 2002-03, 2006-07, 2007-08, 2008-09, 2010-11, 2012-13.

FA Cup (5): 1989-90, 1993-94, 1995-96, 1998-99, 2003-04.

Copa da Liga (4): 1991-92, 2005-06, 2008-09, 2009-10.

Supercopa da Inglaterra (Charity/Community Shield) (10): 1990 (divida), 1993, 1994, 1996, 1997, 2003, 2007, 2008, 2010, 2011.

Champions League (2): 1998-99, 2007-08.

Recopa (1): 1990-91.

Supercopa Européia (1): 1991.

Copa Toyota (1): 1999.

FIFA Club World Cup (1): 2008.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quando Niterói e o Brasil encontram Santa Maria

O Brasil acordou ontem com a notícia da tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. No triste evento morreram mais de 230 (o número pode subir) e mais de 100 feridos. Fruto da nossa ancestral falta de cultura de segurança, onde mostramos que só fechamos a porta depois de roubado.

A tragédia de Santa Maria foi o segundo maior incêndio em vítimas fatais do pais. O primeiro lugar é ocupado pelo incêndio do Gran Circo Norte Americano, ocorrido em 1961, em Niterói, Rio de Janeiro, onde morreram mais de 500 pessoas, na sua grande maioria crianças.

O circo chegou em Niterói no dia 08 de dezembro de 1961, estreando uma semana depois. Era tido como o maior e mais completo circo da América Latina, dispondo de sessenta artista, vinte empregados e 150 animais. Foi montado no centro da cidade, na Praça do Expedicionário.

A versão oficial é de que a montagem demandava tempo e muita mão de obra. Foram contratados cinquenta trabalhadores avulsos para a montagem. Um deles, Adílson Marcelino Alves, conhecido como Dequinha, tinha antecedentes criminais e problemas mentais. Ele trabalhou dois dias e foi demitido pelo dono do circo, Danilo Stevanovich. Após o ocorrido, Dequinha ficou inconformado e passou a rondar o circo.

No dia da estréia, o circo estava com lotação esgotada e a venda de ingressos foi suspena. Nessa noite, Dequinha tentou entrar no circo sem pagar, mas foi visto e impedido pelo tratador de elegantes.

No dia seguinte, um sábado, Dequinha voltou e começou a procurar Maciel Felizardo, funcionário acusado de ter sido o culpado da sua demissão. Houve um discussão entre os dois, onde Felizardo acabou agredindo Dequinha, que reagiu e jurou vingança.


No dia 17 de dezembro, Dequinha convidou José dos Santos, o Pardal, e Walter Rosa dos Santos, o Bigode, para, juntos, colocarem fogo no circo. Um dos comparsas chegou a alertar para a lotação esgotada e o risco de mortes. Porém, Dequinha manteve-se irredutível. O desejo de vingança falava mais alto.
Com cerca de três mil pessoas na platéia, faltavam vinte minutos para o fim do espetáculo, quando uma trapezista percebeu o incêndio. Em cinco minutos, as chamas consumiram completamente o circo. 372 pessoas morreram na hora, o restante foi morrendo, aos poucos, no hospital.


Uma grande comoção tomou conta do país e do mundo. Afinal, o incêndio tornou-se o maior do mundo em ambiente fechado até hoje. Da Argentina, vieram seis cirurgiões plásticos e oito enfermeiras do Instituto Nacional de Queimados, além de uma tonelada de medicamentos e material cirúrgico. A embaixada americana doou um estoque de antibióticos, ataduras e soro, e seu governo, em colaboração com a Cruz Vermelha, enviou 500 frascos de plasma sanguíneo.
O Hospital Antônio Pedro recebeu a maioria dos feridos. Por estar fechado havia vinte dias devido a uma grave, faltava de tudo para o seu funcionamento. Graças ao empenho dos órgãos públicos e da sociedade, em pouco tempo foi obtido um grande número de doadores de sangue, medicamentos, roupas, material hospitalar e comida. Todos os carpinteiros e marceneiros da cidade foram convidados a trabalhar e confeccionar caixões.


Cinco dias depois, Dequinha e os cúmplices foram presos. Dequinha foi condenado a 16 anos de prisão e mais seis de internação em manicômio judiciário. Bigode foi condenado a 16 anos de prisão e mais um de colônia agrícola. Por sua vez, Bigode foi condenado a 14 anos de prisão e mais dois em colônia agrícola.
Em 1973, um mês após fugir da prisão, Dequinha foi assassinado.


Cinquenta e dois anos depois, a tragédia de Santa Maria possibilita o debate sobre a segurança das casas de shows, a falta de uma cultura de prevenção e planejamento de tragédias e o grande senso de solidariedade do brasileiro, que em casos como esse, excede fronteiras.


Fica o desejo de que os (i) responsáveis sejam punidos e que possamos aprender com essa tragédia e, também, que se evitem novas catástrofes.

Fontes: Wikipedia e http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/tragedia-sem-fim